Impulsionadas apenas pelo ar quente, a asa-delta torna
possível o voo sem motor.
As asas-delta funcionam através da geração de
sustentação da sua estrutura em forma da asa, bem como pela exploração das
correntes ascendentes naturais criadas pela atmosfera terrestre. Assim, as
asas-delta conseguem usar a gravidade como fonte de propulsão, podendo
manter-se no ar durante longos períodos de tempo.
A relação entre a quantidade de elevação que a
asa-delta consegue atingir e o grau de resistência causado pelas moléculas do
ar é crucial para o seu voo sustentado - quantos mais metros de voo horizontal
por cada metro de descida, melhor.
Quando as asas-delta foram inventadas, os seus pesados
materiais de construção (madeira e metais pesados) impediram que os pilotos
conseguissem uma boa relação elevação atrito. Hoje em dia, os materiais
compostos em carbono ultraleve propiciam taxas de planagem normalmente maiores
que 15:1.
A construção consiste em duas partes: a estrutura de
controle e a asa. A asa, normalmente feita de um tecido composto é concebida
para gerar a maior elevação possível a partir do ar que passa por ela e manter
o equilíbrio vertical/longitudinal. A estrutura de controle triangular está
ligada ao centro da asa; proporcionando uma plataforma fixa para suportar o peso
do piloto e permitir alterar a rota e a altitude. O piloto controla o aparelho
movendo o seu peso para frente ou para trás em relação ao centro de gravidade
da estrutura.