Vejam a conclusão da história da postagem anterior...
De Havilland Comet começou a ser projetado em 1943, voou em seus primeiros testes em 1949 e
se tornou o primeiro jato comercial de passageiros do mundo.
A proposta era revolucionar
a indústria, aumentando o alcance e a eficiência da aviação comercial. Ele era mais rápido que qualquer avião comercial, os seus projetistas estavam se aventurando no desconhecido.
Em 1952 com um vôo de Londres a Johanesburgo, nascia a era Jato.
Infelizmente ninguém conhecia direito
as forças e tensões envolvidas em uma aeronave assim. Em outubro do mesmo ano
um Comet da BOAC sofreu um acidente na decolagem. Março de 1953, outro
acidente, com perda total. Entre 1953 e 1954 três acidentes com o avião se
desmontando em pleno ar fizeram com que toda a frota fosse tirada de
circulação.
As enormes janelas quadradas, posteriormente substituídas, haviam tornado a
estrutura do avião frágil demais, também não havia reforço interno.
O Comet só voltou a voar em 1958, depois de
extensas reformas estruturais.
Empresas aéreas cancelaram encomendas, mesmo
depois do Comet se mostrar seguro. No final só foram construídos 114 Comets.
Mesmo sendo um fracasso comercial e um projeto que começou errado, o Comet
permaneceu em uso por décadas. Um dos últimos a se aposentar foi sua versão
militar, o NIMROD da RAF que voou com um desses até junho de 2011.
Muitos críticos disseram que era bobagem arriscar vidas e que os aviões existentes eram rápidos o suficiente. Por eles estaríamos voando até hoje em Elektras, que, aliás, eram um avião bem mais convencional, lançado cinco anos depois do Comet.
O Comet foi um pioneiro – dele derivaram-se toda uma tecnologia hoje empregada nas aeronaves deste tipo que voam pelo mundo afora.
Conforme-se e o mundo será sempre igual.
Abaixo foto com os detalhes de seu motor, descansando em um museu de Londres.
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