As novas asas
"Transonic" que a Boeing esta desenvolvendo levarão aviões de
passageiros para quase a velocidade do som em grandes altitudes.
Aviões supersônicos estão quase prontos
para um retorno. Mas enquanto esperamos a chegada de uma nova geração de jatos
comerciais que quebram a barreira do som, a Boeing está trabalhando em outra frente
para acelerar as viagens aéreas, tornando os seus aviões mais leves e com maior
eficiência energética.
A Boeing está construindo uma asa transônica
ultraleve, que permitirá que aviões maiores sejam mais eficientes. O objetivo
final é tornar os vôos de longa distância mais parecidos com vôos de médio
curso.
De acordo com testes de laboratório
recentes realizados pela Boeing, o projeto conceitual permitiria que as
aeronaves atingissem velocidades próximas de Mach 0,8. Porem isso empalidece em
comparação com o antigo jato Concorde que atingiu uma velocidade máxima de Mach
2,04 antes de sua aposentadoria em 2003.
As velocidades transônicas da Boeing
seriam compatíveis com o que os aviões de hoje alcançam, normalmente na faixa
de 400 a 600 mph, por motivos físicos. As novas asas também serão menos
barulhentas, o que soa como um bônus adicional para quem se preocupa com
motores barulhentos típicos dos jatos comerciais.
Ainda na fase conceitual, as asas,
extremamente finas, têm uma extensão de 51,81 m de ponta a ponta, apoiadas por um
tirante tipo mão francesa e uma varredura de asa modificada para tornar as
aeronaves mais aerodinâmicas.
O conceito é baseado no
estudo Transonic Truss-Braced Wing (TTBW) e foi projetado para oferecer uma
eficiência aerodinâmica sem precedentes ao voar a Mach 0,8 e são o produto de
uma parceria com o projetoSubsonic Ultra Green Aircraft Research da NASA, baseado em tecnologias de aviação subsônica.
O projeto se aproveita da maior eficiência das asas alongadas, similar ao princípio utilizado nos planadores, mostra um grande potencial para reduzir drasticamente o arrasto e melhorar a eficiência de combustível.
A expectativa da indústria é que a
próxima geração de aviões quebre com os atuais paradigmas de engenharia, e rompam
com conceito estabelecido há 70 anos.
A redução de consumo, novas matrizes energéticas e motores mais eficientes devem ser os pilares que deverão definir o layout básico das aeronaves de próxima geração.
Se você é um estudioso de novas
tecnologias da aviação, vale ler o seguinte artigo:
Post (359) – Janeiro de 2019