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20170801

Hidroavião Beriev Be-12

Os hidroaviões são um capítulo a parte da aviação, é um misto de barco e aeronave, e o projeto de seu casco é tão ou mais importante que o da fuselagem. Sendo que alguns os chamam de barcos voadores.


O Beriev Be-12 Chayka  é um bom exemplo disto. Chamado pela OTAN de "Seagull" foi uma aeronave anfíbia  sucessora do hidroavião Beiev Be-6 (1), cujos papéis principais eram desempenhados como um avião anti-submarino, de combate a incêndios e patrulha marítima.
Embora tenha se originado do Be-6, o Be-12 herdou pouco mais do que as asas de gaivota  e o desenho do estabilizador vertical.
 
Vejam os detalhes do casco, nesta imagem.
O Be-12 tinha motores turboélice, o que lhe conferia uma velocidade e alcance superiores ao do Be-6, também possuía um trem de pouso retrátil, para pousar em pistas de terra normais alem de na água.
Em 18 de outubro de 1960 fez o seu primeiro voo sobre o aeródromo de Taganroqe.

Em 1961, nas festividades do Dia da Aviação Soviética no aeródromo de Tushino fez sua primeira aparição pública, entrando em seguida a serviço na Aviação Naval Soviética, ou AV-MF (Aviatcia Voenno-Morskogo Flota ), assumindo o papel de patrulha marítima.
Em 1973 com um total de 150 aeronaves produzidas, em várias variações, teve a sua produção encerrada.

Inicialmente, seu papel era a patrulha da ASW, mas quando a Marinha dos Estados Unidos da América anunciaram seus novos mísseis de alcance intercontinentais lançados a partir de submarinos, ele foi então convertido no papel de busca e resgate, recebendo a denominação “Be-12PS”.
Durante o desenvolvimento do Beriev-200, (2) que o iria suceder, o equipamento novo de combate a incêndio, que estava sendo projetado foi testado usando-se um Be-12P especialmente modificado, o projeto recebeu o código "12 Amarelo". Após a instalação deste sistema, a aeronave foi registrada como RA-00046 e recebeu a designação Be-12P-200. Este Be-12 modificado também foi usado para operações de combate a incêndio inicialmente previsto para o Be-200.
Em 1993, de acordo com dados divulgados pela Marinha Russa, restavam ainda 55 aeronaves em serviço;
Em 2005, este número caiu para 12; e
Em 2008, apenas nove aeronaves ainda encontravam-se em serviço.
Hoje um dos poucos anfíbios  ainda estão operacionais, convertidos,  com combatentes a incêndios florestais. 


Um Be-12, sobrevivente original é preservado no Museu da Força Aérea em Monino, perto de Moscou. Existem outro exemplar no Museu da Aviação do Estado em Kiev, e um na Ucrânia no Taganrog Air Museum.




Post (316) - Agosto de 2017 (98.180)