Os carros voadores nunca chegarão até nós ?
Acho que se os futuristas dos anos 50 vissem até onde
chegamos em 2012 – em se tratando apenas de inovação – eles não ficariam
decepcionados. Mas tem uma área na qual realmente fracassamos: carros voadores.
A revista Mechanix Illustrated prometia em 1957 que, em dez
anos, usaríamos este “disco voador de plástico” (plástico era a
grande mania da época), que se elevaria verticalmente para então decolar.
" -À medida que o indutor semelhante a uma ventoinha começa a
girar com um ruído agudo, os flaps automáticos com servomecanismo se abrem e
uma torrente de ar é puxada para dentro das asas circulares. Ele flui cada vez
mais rápido, formando o padrão de ascensão de uma decolagem com asas fixas,
pronto para acelerar. Por um momento, o disco voador trêmulo fica parado.
Então, devagar e fluidamente, ele sobe verticalmente como um elevador…
O
indutor em forma de ventoinha gradualmente desacelera até parar e os flaps se
fecham. Funcionando agora como um avião com asas fixas, nosso disco voador se
move para o lado e vai para o sul, a uma velocidade de 265km / h."
São poucas as imagens tão retro-futuristas quanto as de um
carro voador.
Décadas e décadas depois, ainda estamos aqui, presos em
engarrafamentos todo dia só para chegar ao trabalho, enquanto olhamos para cima
e vemos um espaço ainda inutilizado, onde poderíamos estar voando entre os
prédios, ou acima de rodovias.
Sim, nós merecemos carros voadores. E sim, a
humanidade já criou o carro voador, mas há tantas limitações para levá-lo às
massas que, quando ele chegar, já estaremos indo de um lugar a outro via
teletransporte.
Por Felipe Ventura - Fonte Modern Mechanix via Retornaut.
Texto da imagem:
"É uma manhã brilhante em 1965. Precisamente às oito da manhã, Joe Lees surge da porta de sua casa de campo a beira do lago, a
apenas 75 quilômetros de seu trabalho na cidade.
No centro de cascalho de seu quintal, seu garboso e novo disco plástico repousa
levemente em três minúsculos pneus balão.
Cumprimenta seu vizinho que iria com ele, Joe levanta um tinco
no nariz arredondado do pires, ele vira uma alça de bloqueio e abre para trás o
pára-brisa em forma de bolha.
Provido de molas, como os capôs dos carros de hoje, o gabinete levanta facilmente.
Quando isso acontece, o nariz , acessos interligados oscilam para
baixo para facilitas a entrada.
O vizinho de Joe sobe no pedestal e depois, através do acento
dobrado do piloto, senta-se no seu acento na parte traseira..."