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20170324

Mikoyan-Gurevich MiG-23

Mikoyan-Gurevich MiG-23  (designado como Flogger pela OTAN) é um caça multifuncional, fabricado originalmente pela MIkoyan-Gurevich  na antiga  União Soviética. Foi produzido em larga escala e até hoje permanece em serviço em alguns países, recebendo toda assistência técnica. Os principais compradores alem da Rússia, são: Argélia, Cuba, Líbia, Polônia e Síria.  Foi criado para substituir o MIG-21 que mesmo sendo ágil e veloz, era muito limitado.

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O seu desenvolvimento começou em 1963, quando já tinham começado a produção em série do MiG-21 e deveria ter melhor desempenho e capacidade para operar a partir de pistas mais curtas. 

Isto daria à aviação soviética a capacidade para colocar os seus caças num maior numero de bases, dispersando assim as aeronaves e tornando a sua destruição em terra mais difícil para um potencial atacante.
Os soviéticos ainda consideraram a possibilidade de desenvolver um MiG do tipo STOL (Short Take Off and Landing) com motores que dessem um impulso vertical adicional, mas o projeto não teve seguimento.


A idéia de uma aeronave com asa de geometria variável que poderia permitir tanto velocidades muito altas, com as asas em flecha, como velocidades mais baixas com as asas mais abertas, foi o que se viabilizou.

Em 10 de Junho de 1967, o primeiro protótipo do que viria a ser o MiG-23 voou pela primeira vez. O avião era muito versátil e acabou por ser fabricado em várias versões com diferentes funções, tanto de interceptor como de caça-bombardeiro. Posteriormente foi desenvolvida uma versão adequada para ataque ao solo. Essa versão ficaria conhecida como MiG-27.

De entre as várias versões do MiG-23 destacam-se as seguintes:

MiG-23S (Flogger-A) - A primeira série de produção, que foi entregues à Aviação Frontal da União Soviética entre 1969 e 1970. Inicialmente apenas 60 foram entregues e estavam sub-armados por dificuldades com a entrega de alguns dos sistemas de armas previstos. Quando sistemas como o novo radar Sapfir-23 ficaram disponíveis, então passaram a ser incorporadas, o que resultou numa sub-série conhecida como MiG-23SM que foi lançada em 1971. No entanto, mesmo com o novo radar, continuaram a existir problemas com o MiG-23 e com a fiabilidade dos sistemas instalados.

MiG-23M (Flogger-B) - Esta versão corrigiu muitas das falhas de produção da versão anterior, alem de outros melhoramentos adicionais. Foi lançado em 1972. Foi o primeiro avião da União Soviética a ter capacidade para atacar alvos a baixa altitude, que se podiam confundir com o solo. Esta possibilidade era possível com a incorporação do radar Sapfir-23D, uma versão melhorada do Sapfir-23 já usados nos MiG-23 anteriores.

MIG-23F
MiG-23MF - Uma versão de exportação para os países do pacto de Varsóvia foi desenhada para tentar resolver os problemas de confiabilidade dos MiG-23S, exportados para parceiros da URSS. Este modelo foi também vendido para países fora do pacto de Varsóvia, mas nesse caso foi removido o sistema IFF, que permitia a identificar se uma aeronave é amiga ou inimiga.

MiG-23MS (Flogger-E) - Esta versão foi concebida essencialmente para exportação para países do chamado terceiro mundo. Os soviéticos consideravam que nesses países não havia técnicos e sem estruturas militares adequadas para suportar uma aeronave mais sofisticada como os MiG-23M, em uso na URSS, ou mesmo o MiG-23MF dos países do pacto de Varsóvia, que por não terem radares mais sofisticados, não tinha capacidade para disparar mísseis que pudessem atingir alvos fora do alcance visual.

MiG-23P - Como a URSS também tinha que substituir uma grande quantidade de aeronaves pouco sofisticadas da sua aviação de segunda linha, ou de intercepção, que ainda utilizava MiG-19 e MiG-19 e Su-11, foi decidido estudar uma versão do MiG-23 adaptada para a função de interceptor puro. Essa aeronave incorporava um piloto automático e um sistema de controlo de voo que permitia uma ligação direta com os radares terrestres. Era o próprio controle de terra dirigia o avião contra o alvo. Os 500 MiG-23P assim produzidos constituíram a principal força de caças interceptores da União Soviética até ao desmembramento do país no inicio dos anos 90.

MiG-23ML - Este modelo é importante na medida em que sofreu um redesenho estrutural, que teve como objetivo ultrapassar os problemas surgidos com os modelos anteriores, quando tinham que enfrentar inimigos em combate direto. Notou-se que os MiG-23 mais antigos apresentavam rachaduras que comprometiam a integridade da aeronave. Por isso o MiG-23ML foi reforçado em muitos pontos e agilizado noutros. O avião ficou assim mais leve, e bastante mais robusto e mais eficiente. Foi equipado com o radar N-003 Saphir23ML, com até 65km de alcance.

MiG-23MLD: O mais sofisticado dos MiG-23
MiG-23MLD (Flogger-K) - A última versão desenvolvida do MiG-23 na antiga União Soviética. É uma versão equipada com o radar Sapfir-23MLA-2, com sistema de visão noturna, sistema de alerta-de-radar e além de mísseis de curto alcance e de médio e longo alcance como os Vympel-R73. Embora fosse o mais sofisticado dos MiG-23, nenhum destes modelos foi fabricado, em vez disto a força aérea soviética decidiu converter os 560 modelos anteriores MiG-23ML, em serviço, para o padrão MiG-23MLD. Esta foi uma opção econômica, por não considerar a necessária da produção de novas aeronaves, especialmente quando o MiG-29 já tinha sido lançado e inevitavelmente substituiria o MiG-23 a médio e longo prazo. 



Em decorrência disto também a modernização de modelos mais antigos foi proposta a vários utilizadores de versões mais antigas desta aeronave, mas isto já outra história.


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