O
Consolidated PBY Catalina, também conhecido como Canso, é um hidroavião
americano das décadas de 1930 e 1940, produzidos pela Consolidated Aircraft.
Foi um dos hidroaviões mais utilizados na Segunda Guerra Mundial. Os Catalinas
serviram em todas as filiais das Forças Armadas dos Estados Unidos, forças
aéreas e marinhas de muitas outras nações.
Como
o domínio americano no Oceano Pacífico começou a enfrentar a concorrência do
Japão na década de 1930, a Marinha dos EUA contratou a Consolidated, Martin e
Douglas em outubro de 1933 para desenvolver protótipos para um hidroavião de
patrulha.
O
PBY foi originalmente projetado para ser um bombardeiro de patrulha, um avião
com um longo alcance operacional destinado a localizar e atacar navios de
transporte inimigos no mar, a fim de perturbar as linhas de suprimento
inimigas. Pensando em um possível conflito no Oceano Pacífico, onde as
tropas precisariam de reabastecimento por grandes distâncias, a Marinha dos
Estados Unidos na década de 1930 investiu milhões de dólares no seu
desenvolvimento.
Vários
deles foram adotados pela Marinha, mas o PBY foi o mais utilizado e produzido. A Marinha
dos EUA adotou os modelos Consolidated
P2Y
e Martin P3M para esse papel
em 1931, os usou em uma ampla variedade de funções que hoje são gerenciadas por
várias aeronaves de propósito específicas.
Durante a
Segunda Guerra, PBYs serviram com
anti-submarinos, bombardeiros de patrulha, escolta de comboios, em missões de
busca e salvamento, resgates e transporte de cargas. Era a aeronave mais
numerosa de seu tipo em operação e os últimos modelos militares serviram até a
década de 1980. A partir de 2014, quase 80 anos após seu primeiro vôo, a
aeronave continua a voar em operações de combate a incêndios resgate em algumas
partes do mundo.
A foto acima é uma imagem rara do “Australianns at War Film
Archive”. Ela mostra um PBY-5A que pousou na
pista de pouso de Balikpapan. Este local foi
fortemente bombardeada pela USAAF e depois foi tomado pelas tropas
australianas. Foi à conclusão da Operação OBOE II, a conquista das instalações
portuárias do Leste de Borneo Oil que cortou da marinha japonesa
de seu principal suprimento de petróleo. https://www.dc3dakotahunter.com/blog/pby-catalina-operations-over-the-sw-pacific-during-and-after-wwii/
A Força
Aérea Brasileira (FAB) operou com o Catalina em missões de patrulha do litoral
brasileiro durante a Segunda Guerra. Sete aeronaves foram entregues em 1943 e
outras 15 em 1944. Estas aeronaves foram distribuídas pelo litoral brasileiro
realizando buscas contra os submarinos do eixo. Um Catalina, pilotado por Alberto
Martins Torres,
afundou o submarino U-199. Depois da guerra, passaram a exercer a função de
busca e salvamento.
A partir de
1958, os Catalina passaram a ser utilizados como cargueiros, fazendo
inestimáveis serviços na Amazônia. Esta região carecia de infraestrutura
aeroportuária e somente um hidroavião poderia operar na maior parte das
localidades da região, utilizando os rios como pista. Mais de quarenta cidades
da região amazônica foram atendidas por linhas regulares de hidroaviões
Catalina, operados pela Panair do Brasil, que perdeu suas concessões e foi
fechada em 1965, provocando o isolamento relativo de diversas localidades da
Amazônia. Antes disto, na década de 1960, a Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul
ainda utilizou esses aviões no transporte de cargas e passageiros nesta região.
Estima-se
que 4.051 Catalinas, Cansos e GSTs de todas as versões foram produzidas entre junho
de 1937 e maio de 1945 na Marinha dos EUA, nas Forças Aéreas do Exercito e
Guarda Costeira dos Estados Unidos, nações aliadas e clientes civis.
Especificações (PBY-5A)
Tripulação:
10 - piloto, co-piloto, artilheiro do nariz, engenheiro de voo, operador de
rádio, navegador, operador de radar, dois artilheiros laterais e um artilheiro
ventral.
Comprimento:
19,46 m
Envergadura:
31,70 m
Altura:
6,15 m
Área alar:
130 m2
Peso vazio:
9.485 kg
Peso de
decolagem: 16.066 kg
Motores: 2 x
Motor a pistão radial Pratt
& Whitney R-1830-92 Twin Wasp
Potência
por motor: 1.200 HP (cada)
Velocidade máxima:
314 km/h
Velocidade
de cruzeiro: 201 km/h
Autonomia:
4.030 km
Teto de serviço:
4.000 m