Em maio de
1946, o projeto Energia Nuclear para a Propulsão de Aeronaves (NEPA) foi
iniciado pela Força Aérea dos Estados Unidos da América - USAF. Os estudos
deste programa foram feitos até maio de 1951, quando o NEPA foi substituído
pelo programa Propulsão Nuclear de Aeronave (ANP).
Os estudos
foram conduzidos pela Convair visando à configuração de um bombardeiro nuclear
denominado NX-2 durante as décadas de 50 e 60.
A configuração do NX-2, uma aeronave mais ou menos do tamanho de um B-52
foi projetada para ser alimentada por um turbojato da General Electric movido a
energia nuclear. Tendo como fonte de energia um reator nuclear esférico
blindado usado o urânio 235 ou o plutônio 239 como combustível para fornecer a
fonte de ar aquecido para propulsão.
A Convair,
a General Electric e Pratt & Whitney, tornaram-se as principais
empreiteiras trabalhando neste esforço.
Em setembro
de 1955, um B-36 modificado e mais tarde o B-36H iniciaram um programa 47 vôos
para obter dados de blindagem e processamento nuclear (sem empuxo) utilizando
um reator de 1 megawatt.
De janeiro
de 1956 a 1960, a General Electric testou com sucesso os motores de duplo jato
movidos por reatores em testes no solo visto que estes reatores eram grandes
demais para o vôo.
Em novembro
de 1960, foi decidido pelo Departamento de Defesa que uma aeronave nuclear não
era mais necessária em vista do desenvolvimento de novos ICBMs com propulsão
nuclear, mísseis balísticos lançados por submarinos, reabastecimento de
bombardeiros SAC em vôo, etc. Presidente John Kennedy, sob conselho do
Secretário do DOD, Robert McNamara, cancelou o programa de testes 165 em
janeiro de 1961, após 14 anos de pesquisa.
Algumas
informações de um livro de David M. Carpenter sobre o Jato de Propulsão Nuclear
NX-2 Convair e o Motor a Jato Nuclear GE X211 / J87.
O Convair
NX2 foi um projeto de bombardeio de propulsão atômica iniciado pelo Convair há
cerca de meio século.
Abaixo você encontrará um interessante artigo em inglês retirado de Science and Mechanics de janeiro de 1961, leia abaixo um resumo do texto da página principal:
Abaixo você encontrará um interessante artigo em inglês retirado de Science and Mechanics de janeiro de 1961, leia abaixo um resumo do texto da página principal:
Depois de
14 anos de pesquisa e um investimento de cerca de 1 bilhão de dólares, o reator
do avião está em teste em dois sistemas de motores diferentes e estão em
desenvolvimento avançado, ambos previstos para testes de vôo.
O que
levará ao ar esta aeronave em algum momento de 1964.
O
bombardeiro "mais quente" da América, grande como um B-52,
terá asas
varridas e superfícies não ortodoxas de controle da cauda.
Embora as
características vitais do NX2 ainda estejam envoltas em segredo, a aeronave que
em breve será construída em Fort Worth, Texas, medirá cerca de 180 pés e ter
uma envergadura de cerca de 150 pés.
Suas asas
não transportarão motores, exceto dois jatos convencionais
planejados
apenas para vôos experimentais. Assim, o avião terá asas mais finas e mais
largas do que as do B-52 destinadas a balancear seu reator pesado e suas
radiações.
As
superfícies de controle dos estabilizadores verticais e horizontais serão
menores do que nos aviões a jato de tamanho comparável.
Isso ocorre
porque o centro de gravidade do avião não mudará como em aviões a jato, já que
consomem combustível. Um quilo de combustível atômico provavelmente o manterá
no ar por 24 horas ou mais.
Reactor
esférico blindado é Coração do NX2, conterá urânio 235 ou plutônio 239, como
combustível, ambos materiais facilmente fissionáveis.
A
possibilidade de que possam haver dois reatores atuando como a fonte de ar
aquecido para fornece o impulso.
Um único
grama de combustível do reator gera cerca de 1 milhão de watts durante a fissão
em um dia e aumenta a temperatura do reator bem acima de 650 oC.
O capitão
Thomas L. Jackson, um tecnólogo nuclear da Força Aérea, calcula que, para
alimentar um bombardeiro nuclear próximo à velocidade do som e a altitudes de
18.000 m, um reator deveria fornecer aproximadamente de 300 mgw.
Isso
equivale a cerca de 300 gramas de combustível atômico por dia, o que torna o
reator "rápido" em desenvolvimento para o NX2 muito eficiente.
Reatores rápidos diferem dos tradicionais por não conterem hastes de controle
nem moderadores.
Na
ausência de hastes de controle, a fissão é regulada movendo os elementos
combustíveis ou segmentos refletores no núcleo do reator para aumentar ou
diminuir o número de nêutrons e, portanto, a taxa de fissão.
Um técnico
nuclear sugere que o reator rápido do NX2 podossa ser controlado por um tambor
rotativo, revestido em um lado com boro. Controlado a partir da cabine, o lado
do boro do tambor pode ser girado para absorver nêutrons e assim retardar ou
interromper o processo de fissão.
Enquanto o
reator do NX2 está sob teste na Estação de Testes de Reactor Nacional da AEC,
Arco, Idaho, dois sistemas de motor a jato estão em desenvolvimento avançado. A
usina elétrica de ciclo direto da General Electric suga diretamente através do
núcleo ativo do reator ar super aquecido comprimido o conduzido para os motores
a jato que lá se expande vivamente nos dutos de exaustão e levam a aeronave
para a frente.
O sistema
de ciclo indireto da Pratt & Whitney drena indiretamente o calor do reator
através de um circuito fechado onde o ar comprimido é aquecido e transformado
em empuxo...”
"Um
sonhador pode fazer qualquer coisa."(Albert Einstein)
Especificações
como estimadas:
Tripulação:
5 entre pilotos e oficiais
Comprimento:
56 m
Envergadura:
45 m.
Varredura
de Asa: 51º
Tempo entre
os ciclos de reabastecimento nuclear: 2 anos
Velocidade:
Máxima: mach 3.00
Altura
máxima do cruzeiro: 18.000 m
Motores:
General Electric J87 / X211 quatro motores J87 RamJet
Dois
turbojatos convencionais de 7.800 kgf de empuxo cada
Leia mais
em:
Energia Nuclear para a Propulsão de Aeronaves (NEPA) e
http://www.aviation-history.com/articles/nuke-american.htm
http://www.aviation-history.com/articles/nuke-american.htm
Post (380)
– Março de 2019