Durante a Segunda Guerra Mundial, a Marinha Britânica fez um estudo para determinar
onde seria necessário blindar os seus aviões para garantir que eles voltassem
para casa.
Eles fizeram uma análise estatística de onde os aviões tinham sido atingidos e descobriram que estes precisavam ser blindados nas pontas e na parte central das asas, e nos elevadores. Visto que foi constatado que foram nestes locais os aviões analisados receberam a grande maioria dos disparos.
Abraham Wald, um estatístico, discordou. Ele achava que eles deveriam proteger melhor a área do nariz, da cabine dos pilotos, dos motores e da fuselagem. O que criou uma discussão polêmica. Afinal estava provado que era nas pontas e na parte central das asas, e nos elevadores que os aviões estavam sendo atingidos.
O Sr. Wald
percebeu o que os outros não haviam percebido. Os aviões também estavam sendo alvejados
no nariz, nos motores, na cabine e no corpo, mas quando isso acontecia às aeronaves
não voltavam para casa para contar a história.
O que os
analistas da Marinha haviam feito foi analisar onde as aeronaves que “voltavam”
estavam sofrendo o maior dano. O que eles realmente fizeram foi analisar onde
as aeronaves poderiam sofrer o maior dano sem falhas catastróficas. Eles não
estavam olhando para toda a amostra, apenas para os sobreviventes, esquecendo aqueles
aviões foram abatidos e caíram.
Texto de Marco Machado, ligeiramente modificado (Internet).
Post (382) – Março de 2019