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20171218

Fuselagem propulsora

Normalmente quando escutamos o barulho característico que uma aeronave faz ao passar sobre as nossas cabeças, não nos furtamos de olhar para cima e apreciar esta maravilha tecnológica. Se desconsiderarmos por alguns instantes o tipo e a quantidade de motores que os impulsionam, concluímos que nada aconteceu desde o primeiro voo do Boeing 707. 

Trata-se do mesmo tubo de alumínio com longas asas, forma esta que persiste ao longo dos anos, porem agora recheada dos mais complexos e sofisticados aviônicos, automações e instrumentação visando maior segurança de passageiros e pilotos. Infelizmente para nós mais velhos não vamos testemunhar a chegada dos novos pássaros de metal e plásticos nos mais insólitos formatos.


Uma aeronave moderna vive em seu esplendor de eficiência por cerca de 30 anos. Uma conta rápida vai nos mostrar que o Airbus A380, para não falar dos novos Boeing 787 Dreamliner e Airbus A350 XWB, estarão convivendo conosco por ainda muito tempo antes de chegarmos ao que poderia ser chamado de “era da máxima eficiência”.


Nesta equação entra também os milhares de membros das anteriores e bem-sucedidas famílias de Boeing 737 e Airbus A320, isto só falando dos jatos puros, sem citar a grande quantidade de aeronaves a hélice ainda em operação.
Os esforços contínuos se concentram em obter o máximo dos motores dos aviões, economia de combustível e, por consequência, na redução drástica dos efeitos indesejáveis de sua emissão de poluentes. Esse é o objetivo da indústria que atualmente fabrica motores de 60% a 70% mais eficiência que à daqueles fabricados há 60 anos.

Dentro desta linha de evolução e projeto a maior concentração esta na busca de aviões energeticamente mais econômicos, menos poluentes, porem não muito diferentes construtivamente dos atuais.


Como exemplo citamos o avião-conceito idealizado por um projeto financiado pela União Européia para dar um impulso em curto prazo na aviação comercial, com foco, sobretudo na redução do impacto ambiental sendo tanto na redução do consumo de combustível como na geração de ruídos.

O principal objetivo da pesquisa é estudar a aplicação prática de uma técnica conhecida como fuselagem propulsora, que integra o motor no corpo do avião. Essa propulsão facilita também o uso de arquiteturas híbridas, ou seja, arquiteturas que combinem diferentes fontes de energia, tais como turbinas a gás, baterias avançadas ou células a combustível.

Foi proposto, entre outros um conceitos mais conservador e facilmente adotável pela indústria aeronáutica com potencial para gerar maiores ganhos, mas que exigirá novos modelos de aviões.

Consiste na inclusão de um propulsor adicional, fixado na cauda do avião, incorporado a fuselagem. Esse motor aumentaria o empuxo reacelerando o ar que tem sua velocidade reduzida ao passar em contato com a fuselagem. Como o motor traseiro que complementaria a potência total necessária fornecida pelos motores atuais montados nas asas, permitindo que esses motores tradicionais asas sejam menores e menos potentes.


Post (339) - Dezembro de 2017