✈ No final da II
Guerra Mundial, foi criada a Société Nationale de Constructions Aéronautiques
du Sud- Ouest (Sociedade Nacional de Construções Aeronáutica do Sudoeste), um
departamento de helicópteros sob a direção de Paul Morain.
Eles
foram os responsáveis pela construção do SO. 1310 Farfadet (Elf), que foi o primeiro conversível
francês que conseguiu decolar verticalmente, pairar no ar, aterrissar por meio
de seu rotor, e voar para frente a uma velocidade superior a de helicópteros
puros.
O Farfadet possuía duas unidades motoras independentes, sendo a principal a traseira, um turboshaft 360 SHP Turboméca Arrius II, que fornecia o jacto de ar comprimido que acionava o rotor principal durante a descolagem. O rotor de três lâminas era todo em metal, idêntico ao usado no SO1120 Ariel III, mas com um diâmetro maior. Na parte da frente estava instalado um motor turbo-hélice Turboméca Artouste II de 360 HP.
Durante o vôo para frente, o rotor usado originalmente para a decolagem era desacoplado do motor e continuava a girar livremente proporcionando uma sustentação adicional e ficando a maior parte dela a cargo da asa fixa, se não fosse por estas asas poderia se disser que era praticamente um “autogiro”. Sobre as asas fixas ficava cabina do piloto, equipada com controles duplos, que tinha ainda alem do piloto espaço para três passageiros e carga de mercadorias.
No início dos anos
50,
durante a Guerra Fria a corrida para as inovações aeronáuticas estava em alta,
empurrando muitos exércitos para explorar novas áreas e, assim, envolver-se em
experiências e novos projetos. Este foi o caso da França, onde o interesse
no referido equipamento "Convertible" levou à construção e testes de
voo do SO-1310. Ele possuía uma fuselagem convencional equipada com um rotor
helicoidal e um par de asas de 6,30 metros de largura, tinha para impulsionar
um motor turboélice para a condução da hélice dianteira e um turbo compressor
que gerava ar comprimido para assegurar o funcionamento do rotor. Este projeto
foi em princípio inspirado no rotor de ejeção de gás desenvolvido para o Djinn.
Foi
a primeira unidade francesa que depois de alçar vôo verticalmente como um
helicóptero conseguiu desligar a motorização do rotor e, em seguida, voar como
um avião de asas fixas tracionada pelo seu motor a hélice montado na parte
dianteira da fuselagem. Durante o vôo horizontal, o rotor girava
livremente em auto-rotação. O principal interesse deste conceito foi o de possibilitar
exceder os limites de velocidade em vôo horizontal de um helicóptero padrão e
possibilitar assim ter uma maior autonomia de vôo.
Em dezembro de 1951, o estado estabeleceu a Société Nationale de Constructions Aéronautiques du Sud-Ouest um contrato para dois protótipos.
Em 29 de abril de
1953
o protótipo número 01 voou pela primeira vez tendo como piloto de
testes Jean Dabos. Este voo foi realizado somente no modo de
helicóptero.
Em 8 de maio, os primeiros
testes completos foram iniciados.
Em 1 de Julho, 1953
o Farfadet
conseguiu a sua primeira transição da vertical para a horizontal em voo, recebendo
o registro de F-BBGD, mas permaneceu como experimental.
Em 2 de dezembro de
1953.
O primeiro vôo real "conversível" teve lugar. A avaliação do piloto
de teste foi bastante positiva sobre as qualidades de vôo da unidade, mas
enfatizou a dificuldade de gerenciar os numerosos controles de vôo. Os testes foram
classificados como de resultado insatisfatório, especialmente devido às
turbinas, que ainda estavam em desenvolvimento no momento dos protótipos.
Um segundo protótipo foi equipado com uma turbina Turboméca Arrius II 360 HP de potência em substituição Arrius I de 275 HP. Mas o projeto foi interrompido por falta de financiamento. Na época, uma necessidade de helicópteros "tradicionais" rapidamente se tornou premente perante aos acontecimentos cada vez mais importantes e recentes na Argélia.
Um segundo protótipo foi equipado com uma turbina Turboméca Arrius II 360 HP de potência em substituição Arrius I de 275 HP. Mas o projeto foi interrompido por falta de financiamento. Na época, uma necessidade de helicópteros "tradicionais" rapidamente se tornou premente perante aos acontecimentos cada vez mais importantes e recentes na Argélia.
✈ Esta foi uma aeronave pouco conhecida que colocou a
França entre os primeiros países a possuir e dominar a técnica de dispositivos
conversíveis. Ele também foi o pioneiro de uma longa lista de dispositivos
ou projetos experimentais neste campo como o SA-350 Rotojet, o North 500 Cadet, o AP521 Pegasus, o
Aerospace X-910,o Doak VZ-4, McDonell Douglas Modelo 78, o Sikorsky S-72 X-Wing (1) e cerca de 35 projetos V / STOL.
Características
principais:
Tripulação:
3
Diâmetro
do rotor: 11,20m
Comprimento:
11,30m
Motores:
1 Turboméca Ário I de 275HP e 1 Turboméca Artouste II de 360HP
Velocidade
de cruzeiro: 240 km/h
Autonomia:
400 km
Referência no texto:
(1) http://aerosngcanela.blogspot.com.br/2017/10/nasa-sikorsky-s-72-x-wing.html
Referência no texto:
(1) http://aerosngcanela.blogspot.com.br/2017/10/nasa-sikorsky-s-72-x-wing.html
- Leia
mais em:
- ESTOLAS – Um projeto inovador. E
se você pensa que já viu tudo sobre aeronaves não convencionais, veja este
projeto.
http://aerosngcanela.blogspot.com.br/2015/04/estolas-um-projeto-inovador.html
- Helicópteros, e se o seu interesse é por este tipo de aeronave, veja este link:
http://www.aviastar.org/
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http://www.aviastar.org/
Post (333) - Novembro de 2017