20170227

Blohm & Voss BV-38

✈ No filme "Os Caçadores da Arca Perdida de Indiana Jones", a asa voadora alemã Blohm & Voss BV-38  foi enviada para Tanis, Egito, em 1936, em uma expedição alemã para localizar a Arca da Aliança, os alemães pretendam utilizar a aeronave para transportar este achado para a Alemanha. 


Infelizmente, a aeronave foi destruída através das ações de Marion Ravenwood e Indiana Jones, durante o carregamento da Arca na aeronave o que resultou na morte do piloto e um mecânico.


A asa voadora usada nas filmagens foi projetada na Raiders of the Lost Ark pelo designer de produção Norman Reynolds, tendo sido construída na Inglaterra por Vickers Aircraft Company e pintada na EMI Elstree Studios, em Londres, não foi construída para voar, era tão somente um objeto do cenário das filmagens. Antes de ser enviada em partes para a Tunísia, foi desmontada e posteriormente reconstruída no local das filmagens. 

Imagem de um aeromodelo BV-38
Esta aeronave tinha como base um projeto do Prof. Junkers que possuía patentes anteriores as teorias de Jack Northrup e na asa Horten Ho 229 de propulsão a jato dos Irmãos Horten, um protótipo alemão de caça / bombardeiro, que nunca entrou em produção durante a Segunda Guerra Mundial, idealizado em 1944.

Alguns detalhes foram tirados do Junker G 38 do final dos anos 1920, particularmente no que diz respeito ao trem de aterragem, a forma geral e
aparência. 

Houve também pelo menos um modelo em escala da aeronave utilizada para as filmagens.

Em 1981, a asa voadora foi destruída durante as filmagens e em 1991, dez anos após a produção do filme Os Caçadores da Arca Perdida, o que restou da asa voadora foi finalmente demolida e seus restos permaneceram no deserto da Tunísia, onde as partes foram resgatadas por colecionadores. 

✈ Aqui entre nós: "Mesmo sem voar algumas aeronaves são por si só bastante interessantes."

Post (301) - Fevereiro de 2017

20170224

O Electra II e a Ponte Aérea Rio-São Paulo

✈ Lockheed L-188 Electra é um avião comercial de médio porte, turboélice  de fabricação norte-americana projetado e construído pela Lockheed. Foi o primeiro avião turboélice comercial construído nos Estados Unidos.  Voou pela primeira vez em 1974 e foi o mais famoso avião que operou na Ponte Aérea Rio-São Paulo.

Bastava à chamada para embarque acabar e os funcionários abrirem os portões para uma competição digna de atletismo começar: os passageiros saíam em disparada pelas pistas de Congonhas e Santos Dumont em busca dos melhores lugares no Electra.


Nem todos corriam, mas havia quem disputasse um lugar no conhecido lounge, uma espécie de saleta no fundo do turboélice que era o local ideal para executivos viajarem em fim de expediente na volta para sua cidade de origem.

Hoje, a ligação entre as duas mais importantes cidades do Brasil não lembra nem de longe esse período tão peculiar. Os passageiros desfrutavam de um serviço de bordo com direito a itens sofisticados como champanhe e uísque, bem diferente das barrinhas de cereais e água dos voos atuais.

Foi à época do Electra II, um turboélice quadrimotor de som inconfundível que dominou a ponte durante 16 anos até ser a sua aposentadoria em 1992.

Os voos entre o Rio de Janeiro e São Paulo começaram nos primórdios da aviação comercial brasileira, logo após a Segunda Guerra, quando a oferta de aviões era grande.
A ligação se transformou na conhecida ‘Ponte Aérea’ apenas em 1959, de forma improvisada quando os gerentes das companhias Varig, Vasp e Cruzeiro decidiram coordenar seus voos entre os aeroportos de forma a não se sobreporem e perderem passageiros para a companhia aérea mais agressiva da época, a Real Aerovias.
Electra era capaz de levar 90 passageiros com conforto
para os padrões da época


As três companhias deixaram de exigir endossos nas passagens e, com isso, ficou fácil para o passageiro embarcar em qualquer um de seus voos. Não demorou que a direção da Varig, Vasp e Cruzeiro adotassem a prática de forma oficial.
Com a incorporação da Real pela Varig, aos poucos, o serviço foi ganhando mais padrão.

Congonhas na década de 60: ponte aérea era feita com vários tipos de aviões
No início, os voos eram realizados por uma variedade de aviões, de modelos a pistão de pequeno porte a de grande porte a turboélices de origens diversas. Aos poucos a Ponte Aérea foi se consolidando, dominada pela Varig, que em 1975 também assumiu a Cruzeiro.
Nesse mesmo ano, o DAC decidiu obrigar o uso de turboélices no trecho, o que limitou o serviço ao Electra e ao Samurai, um aparelho de origem japonesa.
Samurai da VASP
Mas um acidente com esse avião antecipou sua aposentadoria, que operava desde 1962, o Electra passava então a ser o único avião usado na ponte.

Na década 70, os aviões Electra da Varig, chegaram a uma frota de 14 aeronaves.

A idade avançada e o crescimento dos voos no país começaram a pesar para o velho avião. Na década de 80, a Boeing tentou provar que uma nova versão do jato 737 era capaz de operar no Santos Dumont, porem a pista com 1.300 metros era considerada curta demais para ele.

A mudança era pleiteada pela Vasp e Transbrasil. A Varig, no entanto, relutou até onde pôde, mas no início da década de 1990, graças a uma nova tecnologia de pavimentação de pistas, o aeroporto Santos Dumont passou a ter condições de operar jatos com segurança, Congonhas com pista maior não apresentava restrições.

Antes disso, em 1989, a empresa regional TAM, iniciou um serviço alternativo ao pool, batizado de Super Ponte, com turboélices Fokker F-27. Apesar de serem mais lentos e desconfortáveis, eles ofereciam um serviço de bordo caprichado e a possibilidade de reserva de assento.

Em 1992, a era do Electra encerrou. A Vasp e Varig passaram a voar com aviões Boeing 737-300, seguidas pela Transbrasil. A TAM veio com o Fokker 100, um jato moderno e fácil de operar, para competir no trecho.
Fokker 10

A volta da competitividade melhorou o serviço, mas vitimou as companhias mais antigas, cujas gestões eram mais engessadas e lentas. Com o tempo, Vasp, Transbrasil e, por último, a Varig deram adeus ao “filé mignon” do mercado de aviação brasileiro. Em seu lugar, a TAM e a novata Gol assumiram a rota mais movimentada do país, mas em vez do charme, hoje quem voa entre o Rio de Janeiro e São Paulo já não corre pela pista nem tem uma experiência tão única que virou tema de músicas e muitas histórias.




Nos seus 30 anos em serviço, a frota de 14 aeronaves da Varig voou nada menos que 777.140 horas, ou o equivalente a 88.7 anos sem sofrer nenhum acidente fatal! Neste período, foram nada menos que 736.806 pousos, numa média de 55.510 horas de vôo por aeronave e 52.629 ciclos por avião. Isto dá em média 4,93 pousos por dia, durante todos os 10.675 dias deste longo período.

✈ Características principais do Electra II:
Tipo: Monoplano quadrimotor de asa baixa, de construção totalmente metálica, para transporte de passageiros em curtas distâncias;
Grupo moto propulsor: 4 motores turboélice Allison 501-d13A de 3.750 ESHP cada, equipados com hélices quadripás Aeroproducts A6 641FN-606;
Envergadura: 30,18 m;
Comprimento: 31,85 m;
Altura: 10,00 m;
Peso Vazio: 26.036 kg;
Peso Máximo de decolagem: 51.256 kg;
Velocidade máxima: 721 km/h;
Teto de serviço: 8.655 m;
Autonomia: 4.500 km;
Distância de decolagem: 1,438 m (com peso de 51.256 kg);
Capacidade de passageiros: 65 a 100 pessoas.

Vejam um pouco mais sobre Ponte Aérea, os serviços, as aeronaves e muito mais desta época em:


Post (287) - Fevereiro de 2017

20170221

aerosngcanela - Edição especial 03

✈A aviação comercial e as aeronaves estão em evolução constante há mais de 100 anos. ✈Aviação comercial encurtou distâncias pelo mundo e hoje tem potencial para transportar a metade da humanidade pelos céus.





Post (286) - Fevereiro de 2017

20170220

International Paris Air Show

✈ O International Paris Air Show é uma exposição internacional da aviação e aeroespacial, que é organizado a cada dois anos pela SIAE, uma subsidiária da GIFAS, os franceses Aerospace Industries Association. 


É um dos shows mais antigos e maiores do segmento aeronáutico do mundo. Lá as mais recentes tecnologias da indústria aeronáutica, aeroespacial e equipamentos relacionados, tais como motores de aeronaves, tecnologia de navegação por satélite, cabines de aeronaves, entre outros, são apresentados. Ao longo dos anos esse show tornou-se uma das mais importantes plataformas internacionais na indústria. 


Cerca de 150 aviões são apresentados. Muitos deles mostram suas habilidades durante as manifestações voando diariamente no período da tarde, o que dá aos expositores na parte da manhã a oportunidade de demonstrar suas qualificações técnica ao público. A exposição é acompanhada por um programa de reuniões, onde ocorre à troca de conhecimentos e experiências com a busca de soluções para setor aero fica em primeiro plano.

O 52 º International Paris Air Show terá lugar de 19 a 25 de junho de 2017 no Centro de Exposições de Le Bourget, a poucos quilometros a norte de Paris.

-"Neste ano de 2017, o “blog aerosngcanela” se fará representar no evento por um de seus grandes colaboradores, o Eng. B.Hoppe."

Abaixo uma pequena amostra de como foi em 2015.



Post (285) - Fevereiro de 2017

20170217

HondaJet HA-420

HondaJet é um modelo “Very light jet” desenvolvido e produzido pela Honda.  É um modelo que a fabricante japonesa dedicou a empresários, a estrelas de cinemas e a outros ricos deste mundo. Este é um pequeno jato que pode acomodar até 6 passageiros, com avançados sistemas de entretenimento e segurança.


O HondaJet possui dois motores GE Honda HF120 montados na superfície superior da asa principal, em um desenho inovador que, segundo a empresa, reduz o arrasto a altas velocidades e aumenta a eficiência da aeronave.


O HondaJet incorpora muitas inovações tecnológicas no design da aviação, incluindo a configuração OTWEM (Over-The-Wing Engine Mount), a qual melhora consideravelmente o desempenho e a economia de combustível, reduzindo o arrasto aerodinâmico. O OTWEM também reduz o ruído na cabine, minimiza o ruído detectado em solo, e permite a cabine mais espaçosa da categoria.
A fuselagem é feita em compostos de carbono  e a asa com painéis inteiriços de alumínio, deixando sua superfície mais lisa e mais eficiente. O bico do HondaJet cria um fluxo laminar de ar o que, em combinação com o novo motor, segundo a empresa resulta em uma economia de combustível de até 40% em comparação com outros jatos da categoria.




O HondaJet é a primeira aeronave comercial da Honda e faz jus à reputação da empresa por seu desempenho superior, eficiência, qualidade e valor agregado.

Características básicas:

Capacidade: Até 7 ocupantes (incluindo o piloto)
Altura: 4,54 m
Comprimento: 12,99 m
Envergadura: 12,12 m
Velocidade máxima: 782 km/h
Autonomia: 2.265 km
Teto de serviço máximo: 13.106 m
Comprimento da pista necessária: 900 m
Motores: 2 x GE Honda / HF 120 - 950 kgf cada


Post (284) - Fevereiro de 2017

20170216

Em Construção o primeiro 737-9 MAX

✈ O primeiro 737-9 (MAX), de número 6250, está posicionado no final da linha de montagem dedicada da Boeing Renton Factory em Washington, onde esta sendo concluído, antes de ser deslocado para o hangar de pintura.


✈ Boeing está perto de desvendar o 737-9, o segundo membro família MAX, alimentado pelo novo motor CFM Leap-1B. O programa de teste e certificação irá envolver apenas duas aeronaves e está previsto para durar nove meses em comparação com quase treze do 737-8.


✈ Com 42,57 de comprimento total, o 737-9 é aproximadamente 3,00 m mais longo que o 737-8, mas mantém a mesma envergadura básica. 


✈ A nacele do motor CFM Leap-1B é balançada pela a frente e posicionada ligeiramente acima da asa. Para garantir a distância do solo adequada e minimizar a interferência de arrasto.


✈ Inspirado no uso pioneiro de um recurso semelhante usado nos 787 para redução de arrasto, o “lipskin” de fluxo laminar da nacele do motor é feito de uma só peça, em folha de alumínio estampado, fornecido pela GKN Aerospace. 



✈ Comentários sobre o vídeo:

Funcionários da Boeing começaram a montagem do primeiro 737-9 na linha de montagem em Renton, Washington.

A equipe de Renton comemorou a primeira montagem da longarina, que é um marco para o programa iniciado há três anos e alcançado no dia exato em que estava programado para começar.

"A realização deste início de produção dentro do prazo previsto é um testamento para o sucesso do 737-9, de nosso projeto integrado e de uma construção em equipe." (Keith Leverkühn, vice-presidente e gerente de programa do programa 737-9)

No início de maio, a equipe Renton também começou a trabalhar nos painéis de asa superior e inferior na nova linha de montagem que utiliza a automação para executar furos e instalar elementos de fixação nos painéis de asa. 
As peles, longarinas e mastros foram usinados pela Boeing e pela Spar em Auburn e Fredrickson, Washington.

"É realmente emocionante estar começando algo que você sabe que vai ser o futuro", disse David Dowell, mecânico da nova linha de montagem do painel do 737-9.

O projeto da asa 737-9 é semelhante ao Next-Generation 737. Ela ainda é feita principalmente de alumínio, mas com o aumento de calibres e materiais mais fortes para acomodar o peso dos novos motores LEAP-1B e o combustível necessário para a nova aeronave. As asas serão anexadas à fuselagem ainda no final deste ano.

A nova linha permite que a equipe trabalhe de forma isolada no primeiro 737 MAX a fim de aprender e aperfeiçoar o novo processo de construção, enquanto a fábrica de Renton continua a construir a uma taxa de 42 aviões por mês.

"Os empregados em Renton são os melhores do mundo na construção de aviões de um só corredor, e agora esta equipa de classe mundial está construindo o futuro com o primeiro 737 MAX", disse Leverkühn.

Post (283) - Fevereiro de 2017

20170214

Embraer ER-145

"E finalmente para terminar esta série de postagens que denominei de "JetPuscher" temos o Embraer ERJ-145 Regional Jet"

O ERJ-145 é uma moderna aeronave bimotor pressurizada de médio porte e alto desempenho, com motorização turbofan, com capacidade para transportar até 50 passageiros em uma configuração de três assentos lado a lado em viagens regionais, desenvolvido e fabricado em larga escala no Brasil  a partir da década de 1990 pela Embraer. 
 
Este é um nosso bem conhecido - Aparece com muita frequencia na mídia.
Foi a primeira aeronave comercial a jato da Embraer e um grande sucesso de vendas no mercado mundial  é  considerada no meio aeronáutico como um dos mais importantes, emblemáticos e significativos produtos voltados para o emprego intensivo e regular na aviação comercial regional.

Os primeiros desenhos do projeto do Embraer ERJ-145 foram criados por engenheiros brasileiros, mais precisamente em 1989 quando a empresa ainda era uma estatal. A aeronave inicialmente possuia motores turbofan fixados nas asas e o seu aspecto era bem diferente do atual. Então o próximo passo natural de amadurecimento do projeto foi melhorá-lo com a fixação dos motores no cone de cauda da aeronave.

Nem os ingleses resistiram aos seus encantos
Após o processo de privatização da Embraer, na década de 1990, como forma de dividir os elevados custos de desenvolvimento do Embraer ERJ-145 a nova empresa decidiu adotar uma filosofia de compartilhamento dos riscos no desenvolvimento de seus produtos com os próprios fornecedores de partes e componentes, algo que é comum em gigantes industriais de altíssima tecnologia, como a Boeing e a Airbus.

Assim, a Embraer passou à fase de desenvolvimento e homologação do seu primeiro jato regional de passageiros, tendo como parceiros de risco a empresa espanhola Gamesa (asas), a belga Sonaca  (partes da fuselagem), a chilena Enaer  (empenagem)(1), a norte americana C&D  (interiores) e o radome nariz fornecido pela Norton. Criando um complexo sistema de gerenciamento de fornecedores espalhados pelo mundo. Uma parte dos ensaios foi realizados pela Boeing, nos Estados Unidos, e pelo CTA – Centro Técnico Aeroespacial, no Brasil.
 
Os motores na traseira fazem com que a fuselagem fique mais baixa facilitando o acesso dos passageiros e cargas, principalmente em pequenos aeroportos regionais.
No final da década de 1990, a empresa já incluía na fabricação do Embraer ERJ-145 uma surpreendente variedade de partes e componentes em material composto, como partes integrantes da aeronave.

O primeiro vôo do jato teve lugar em Agosto de 1995. A aeronave foi certificada pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, em 1996. Ela entrou em serviço em dezembro de 1996 e está em funcionamento com 27 companhias aéreas em todo o mundo. Existem três variantes da aeronave: a para 50 passageiros ERJ-145 lançada em 1989; uma com a fuselagem mais curta para 37 passageiros ERJ-135 lançada em 1997; e o tamanho médio para 44 passageiros ERJ-140 lançada em 1999.

O longo alcance ERJ-145 LR, introduzido em 1998, tem um alcance de 3.037 km. O  ERJ-145 XR, com melhor eficiência de combustível e uma gama de 3.704 km, entrou em serviço na a ExpressJet Airlines dos EUA, em novembro de 2002. ExpressJet ordenou 104 aeronaves com 100 opções.

Em maio de 2008, a família ERJ-145 recebeu a certificação russa, permitindo a operação na Rússia e na Comunidade de Estados Independentes.



✈ Em 2006, a Embraer anunciou que a plataforma ERJ-145 alcançou o marco histórico de 10 milhões de horas de voo, um total de cerca de 8,5 milhões de ciclos de operações de pouso e decolagem e mais de 1100 unidades fabricadas até 2009, incluindo dezenas de unidades fabricadas na China, em parceria “joint venture”  com a empresa Harbin Aircraft.  O primeiro avião montado na China foi concluído em Dezembro de 2003 e duas aeronaves foram entregues à China Southern Airlines.

Características principais - medidas aproximadas:

Capacidade: 50 passageiros;
Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 1 comissária;
Motorização - potência máxima: 2 X Rolls Royce AE3007 (3.705 kgf cada);
Comprimento: 30 m;
Envergadura: 20 m;
Altura: Aprox. 6,8 m;
Peso máximo decolagem: 21.000 kg;
Velocidade de cruzeiro: 830 km/h;
Pista de pouso (ER): 2.500 m (lotado/dias quentes/tanques cheios).

(1)https://pt.wikipedia.org/wiki/Empenagem

Leia mais em:

Post (282) - Fevereiro de 2017

20170213

Bombardier CRJ 100 / 200

O Canadair CRJ 100 e o Bombardier CRJ 200 são aeronaves bimotoras de porte médio de alto desempenho, com motorização turbofan instalada no cone traseiro da fuselagem, com capacidade para transportar 50 passageiros em viagens interestaduais e internacionais. Foram desenvolvidos e fabricados no Canadá pela então Canadair e posteriormente, pela Bombardier Aerospace: o CRJ 100 a partir de 1992 e o CRJ 200 a partir de 1996.

A Canadair era uma estatal canadense que foi comprada pelo grupo Bombardier na década de 1980.


O Canadair CRJ 100 Regionak Jet foi criado para atender pedidos de companhias aéreas regionais de um tipo de transporte mais veloz que os modelos de aeronaves com motorização turboélice disponíveis até então. Quando o Canadair CRJ 100 e Bombardier CRJ 200 foram lançados a fabricante brasileira Embraer ainda estavam projetando o seu bimotor de médio porte.


"As aeronaves comerciais regionais com motorização turbofan são economicamente e tecnicamente mais vantajosas no transporte de passageiros em viagens com mais de 750 quilômetros de distância, enquanto os turboélices apresentam mais vantagens em viagens com menos de 500 quilômetros de distância, podendo ser até 15% mais econômico, consumindo menos combustível."

"Por outro lado a principal vantagem do jato é a produtividade maior, em função justamente da velocidade de cruzeiro maior. Considerando apenas o aspecto tempo, desconsiderando outros aspectos técnicos, como, por exemplo, o comprimento da pista de pouso, o jato pode ser até duas vezes mais produtivo que um turboélice, viajando até duas vezes mais quilômetros em um mesmo dia."

O Canadair CRJ 100 é impulsionado por dois motores turbofan CF34, fabricados pela General Electric, capazes de produzir aproximadamente 3.946 kgf de potência na decolagem. Esse motor foi originalmente desenvolvido para operações militares em aeronaves utilizadas pela United States Air Force. São motores reconhecidos como entre os mais confiáveis e eficientes já produzidos para a aviação comercial. Mais de 900 unidades do Canadair CRJ 100 e Bombardier CRJ 200 foram fabricadas, um grande sucesso de vendas.

O Bombardier CRJ 200 é uma versão melhorada do CRJ 100. Existem dois modelos desta versão: o CRJ200 ER e o CRJ200 LR. O Extendend Range (ER) tem um peso máximo de descolagem de 23.134 kg e um alcance de 2.491 km. O modelo Long Range (LR) tem um peso máximo de descolagem de 24.041 kg e um alcance de 3.148 km. O CRJ200 tem um desempenho que lhe permite velocidades de cruzeiro máximas de 860 km/h e teto de serviço de 12.496 m. Tem um comprimento de 26,77 m, uma envergadura de 21,21 m.

A Bombardier Aerospace sofreu um decréscimo na procura de aviões comerciais medios e decidiu suspender temporariamente a produção do seu jacto de 50 passageiros o CRJ200.

Muitos fatores contribuíram para isto, primeiramente foi o aumento do tráfego de passageiros que exigia aviões maiores, ocasionando uma queda de lucros nas vendas dos aviões com essa capacidade e outro fator foi a concorrência neste segmento de transporte, incluindo o nosso Embraer  ERJ-145.


Post (281) - Fevereiro de 2017

20170210

O DC-9 no Brasil

Douglas DC-9 é uma aeronave bimotor turbojato, fabricada a partir da década de 1960 pela então Douglas Aircraft Co.  posteriormente McDonnell Douglas  destinado ao transporte doméstico de passageiros. Sua característica principal são os dois motores fixados na parte traseira, no cone da cauda. Uma configuração semelhante a dos Caravelles que operam no Brasil na década de 1960.


No Brasil estes modelos não tiveram aceitação, no final de 1982, com o intuito de oferecer ao mercado aéreo brasileiro uma opção de jato para rotas de curtas e médias distancias, para concorrer diretamente com os Boeing 727 e os 737 em operação, a Mcdonnel Douglas, um dos grandes fabricantes de aviões comerciais, ofereceu para a Companhia Aérea Cruzeiro do Sul, já então uma subsidiaria do Grupo Varig, um jato DC-9-82 (mais tarde designado como MD-82) para ser utilizado em um período experimental de três meses nas rotas da empresa.

Este jato matriculado PP-CJM operou de dezembro de 1982 até março de 1983, com uma configuração para 155 assentos e provou ser um excelente projeto, com requintes de conforto superior aos jatos da mesma classe da Boeing, além de ter um alcance ligeiramente maior. Seu único defeito era a pequena capacidade de carga em seus porões, o que impedia o transporte de grandes volumes.

Entretanto, apesar de considerado muito bom no aspecto operacional, o jato acabou não sendo adquirido devido ao alto custo da sua aquisição e operacional, que envolvia também treinamento de tripulação, ferramental e peças de reposição necessárias, o que dificultava a introdução de um modelo de avião diferente dos já operados pela Varig / Cruzeiro. 

Dessa forma, o DC-9 acabou sendo devolvido e opera até hoje nas cores da empresa Aeromexico. As pretensões da Douglas de entrar no mercado do Brasil, foram frustradas, já que o fabricante não conseguiu colocar este seu jato em operação regular em nenhuma outra operadora brasileira.

Fonte:

 Post (280) - Fevereiro de 2017

20170209

Douglas DC-9 / MD

O McDonnell Douglas DC-9  é um bimotor a jato, fabricado pela primeira vez em 1965, projetado para vôos curtos e frequentes. O último DC-9 fabricado foi entregue em Outubro de 1982.
Do DC-9 derivaram-se, o MD-80, o MD-90 e BoeHYPERLINK "https://en.wikipedia.org/wiki/Boeing_717"iHYPERLINK "https://en.wikipedia.org/wiki/Boeing_717"ng 717. A produção da família de aeronaves DC-9 / MD-80/90/717 cessou após 41 anos com mais de 2.400 unidades construídas.


Durante os anos 1950 a Douglas Aircraft iniciou os projetos de um avião menor que o DC-8 de longo alcance, seria para médio alcance, nascia o DC-9. O projeto inicial era de um quadrimotor denominado Modelo 2067, de configuração tradicional, mas este não recebeu bastante interesse das companhias aéreas e foi abandonado.

Em 1960, Douglas assinou um contrato de dois anos com Sud Aviation para a cooperação técnica. Douglas iria comercializar e apoiar a Sud Aviation Caravelle  e produzir uma versão licenciada se as companhias aéreas ordenassem grandes pedidos, como isto não aconteceu a Douglas retornou aos seus estudos de concepção após o acordo de cooperação ter expirado. Mas a idéia de um “Caravelle da Douglas” perdurou.

Em 1962, o primeiro protótipo projetado tinha uma configuração para 63 passageiros e peso bruto de 31.300 kg, sendo sua produção aprovada em 8 de abril de 1963.  Ao contrário do seu maior concorrente, o Boeing 727 Trijet  que usava muitos dos componentes do  707  o DC-9 tinha um design totalmente novo. 


O DC-9 tem dois motores Pratt & Whitney JT8D turbofan montado na parte traseira da fuselagem, possui asas relativamente pequenas e eficientes, e uma cauda T-tail.  O peso de decolagem do DC-9 foi limitado 36.300 kg para uma tripulação de duas pessoas pela Agencia Federal de Aviação conforme regulamentos da época. 
Pratt & Whitney JT8D turbofan 
O DC-9 foi projetado para rotas curtas e médias, para pequenos aeroportos com pistas mais curtas e menos infra-estrutura terrestre do que os principais aeroportos a ser servidos por projetos maiores, como o Boeing 707 e Douglas DC-8. 

Os motores montados na cauda possibilitavam uma asa limpa sem a carenagem do motor pendurada, que tinha inúmeras vantagens, melhorava o fluxo de ar em baixas velocidades e permitia velocidades de decolagem e aproximação mais baixas, reduzindo desta forma a necessidade de longos campos de pouso.
A segunda vantagem dos motores montados na cauda foi a redução de ruídos a bordo e de danos causados por objetos estranhos e detritos ingeridos nas pistas tais como gelo. Em terceiro lugar esta posição dos motores permitiu uma redução na distância ao solo, tornando a aeronave mais acessível aos carregadores de bagagem e passageiros. 
O primeiro modelo de produção do DC-9 voou em 25 de fevereiro de 1965 e em julho já a Douglas já dispunha de uma frota de teste de cinco aeronaves. Foi certificado em  23 de novembro de 1965, e entrou em serviço na Delta Air Lines  em 8 de dezembro, tudo muito rápido.
O DC-9 sempre esteve disponível em várias versões para atender às necessidades dos clientes,  a primeira versão esticada, a Série 30, com uma fuselagem mais longa e pontas das asas estendidas, voou em 01 de agosto de 1966, entrando em serviço na Eastern Air Lines  em 1967.  A série inicial de número 10 seria seguida pelas 20, 30 e 40, sendo que a 50, que voou pela primeira vez em 1974. O avião podia acomodar de 80 a 135 passageiros, dependendo da versão e arranjo dos assentos.

O primeiro da família DC-9, mais tarde denominado série 10, é um dos mais bem sucedidos aviões a jato com um total de mais de 2.400 unidades produzidas e ocupa a terceira posição somente atrás do segundo colocado o Airbus A320, com mais de 6.000 produzidos, e do primeiro-lugar o Boeing 737, com mais de 8.000 produzidos. A Série 10 semelha-se em tamanho e configuração para o BAC HYPERLINK "https://en.wikipedia.org/wiki/BAC_One-Eleven"One-Eleven Britânico que também conta com a mesma disposição dos motores.

A propulsão do DC-9-10 era fornecida por um par de motores Pratt & Whitney JT8D-5 de 56 kN  ou JT8D-7 com 62 kN. Um total de 137 foram construídos. 
O DC-9 foi seguido pela introdução da série MD-80 em 1980. Este foi originalmente chamado a série DC-9-80. Era um DC-9-50 alongado.
Outras séries se seguiram, o MD-81, o MD-82, o MD-83, o MD-88, e MD-87 com fuselagem mais curta.
A série MD-90 foi desenvolvida no início de 1990. Em comparação com o MD-80, não foi muito bem sucedida, relativamente poucos foram construídos.


A variante final foi o MD-95, que foi rebatizado de Boeing 717-200, após a fusão da McDonnell Douglas com a Boeing em 1997. O comprimento da fuselagem e da asa são muito semelhantes aos do DC-9-30, mas foi construído com o uso de muito mais materiais leves e modernos. 
Mesmo com todas as melhoria acontecidas neste mais de 30 anos de operação dos DC-9 existentes não é provável que novas modificações possam ocorrer, especialmente em função do projeto da asa que faz com que novas melhoria sejam difícil.  Os DC-9s estão, portanto, susceptíveis de serem substituídos em serviço por aviões mais recentes, tais como Boeing 737Airbus A320da Embraer HYPERLINK "https://en.wikipedia.org/wiki/Embraer_E-Jets"E-Jets, e o Bombardier HYPERLINK "https://en.wikipedia.org/wiki/Bombardier_CSeries"CSeries.

Um ex-SAS DC-9-21 adaptado é opera como uma plataforma de salto de pára-quedismo em Valley Airport Perris em Perris Califórnia, é o único jato de sua classe certificado pela FAA  para skydiving em operações a partir de 2016.

Característica principais, dependendo da versão do DC-9:

Equipe de bordo: 2
Nr. De passageiros: de 109 a 139
Comprimento: de 31,82 a 40,72 m
Envergadura: de 27,50 a 28,47
Altura: 8,50m
Peso máximo: de 41.100 kg a 54.900 kg
Velocidade máxima: de 898 a 915 km/h
Motores: P&W JT8D-5, 7, 9, 11, 15 ou 17 dependendo da versão.

Só para constar: - Tem ainda a “Versão chinesa”.  O  HYPERLINK "https://en.wikipedia.org/wiki/Comac_ARJ21"ComacHYPERLINK "https://en.wikipedia.org/wiki/Comac_ARJ21" ARJ21 HYPERLINK "https://en.wikipedia.org/wiki/Comac_ARJ21"Xiangfeng  ele tem as mesmas características principais, secção transversal da fuselagem, perfil do nariz, cauda e outras soluções de engenharia do MD-90.

Diferentes fontes afirmam o ARJ21 se assemelha tanto ao McDonnell Douglas MD-80 e ou ao MD-90  e que só podem ter sido licenciados para serem produzidos na China. As mesmas fábricas chinesas que produzem as peças para o MD-90 passaram a produzir o ARJ21. O governo chinês afirma que o ARJ21 é um projeto totalmente nacional. O desenvolvimento do ARJ-21 depende fortemente de fornecedores estrangeiros, incluindo motores e aviônicos do fabricados no EUA, e apresenta um conjunto de novas asas a 25 graus desenhadas pela Ucraniana Antonov, entre outros.


Post (279) - Fevereiro de 2017