✈ Acidentes acontecem, e esse envolveu um míssil muito antigo,
o SM-62 Snark, americano, solução apresentada no final da Segunda Guerra
Mundial para a substituição de bombardeiros tradicionais.
Um míssil
de cruzeiro automatizado voando a 10 mil km que poderia soltar uma bomba no
alvo, podendo fazer o mesmo serviço que um bombardeiro com um custo menor. O Problema
é que o projeto começou em 1946, o transistor só seria inventado em 1947. O
Snark teria que ser controlado por um sistema de navegação a válvulas e pouco
confiável.
Os
testes do Snark previam o lançamento da Flórida em direção à ilha de Ascensão,
no Atlântico. Inicialmente os técnicos não conseguiam entender o erro médio de
31,5 km em relação ao alvo, mas depois descobriram que as cartas náuticas
fornecidas pelos ingleses estavam erradas. O Snark se dirigia ao ponto indicado
nos mapas, mas não era lá que a ilha estava. O Snark só se tornou operacional
em fevereiro de 1961 e ao que tudo indica teve uma vida muito curta, pois logo foi
declarado obsoleto e em março do mesmo ano o projeto foi cancelado.
Vamos
a nossa história, em 1956 durantes os testes aconteceu um pequeno problema:
✈ Um Snark foi lançado em direção ao Atlântico, deveria
seguir um determinado rumo, quando então o seu desempenho seria avaliado por vários
técnicos embarcados em navios posicionados ao longo da rota prevista. Só que o “cérebro
eletrônico do artefato” decidiu se rebelar e em vez disto, seguiu em
direção ao Brasil, caindo em algum lugar do Nordeste, ou na Amazônia.
O
acidente não foi classificado como secreto, foi divulgado e o governo brasileiro
foi devidamente informado, este respondeu comunicando que mandaria um grupo de
buscas atrás do míssil, evidentemente isto não aconteceu.
O
Snark só foi encontrado, por acaso na Serra do Mutum, no Maranhão, onde tinha
permanecido abandonado no meio do mato por 25 anos, segundo uma publicação da
Revista Veja de 27 de janeiro de 1983.
Para
sorte nossa, o míssil não carregava nenhuma ogiva nuclear, mas trazia algo
muito importante, algo que ignoramos e desprezamos.
Se o Brasil tivesse
realmente tentado localizar o Snark, o examinado e estudado, ele seria a base
de nossa nascente indústria aeroespacial da época. Nossa história poderia
ser completamente diferente, poderíamos ter feito uma engenharia reversa e
antecipado o lançando nosso primeiro míssil de cruzeiro, que somente nos dias
de hoje esta acontecendo.
Infelizmente para isso é preciso ter iniciativa e vontade,
afinal aqui é o Brasil.
Fonte: Postagem de Carlos Cardoso no Site MeioBit.
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