20201211

Bombardeiro B-17, uma peça chave para decidir a II Guerra Mundial.


O B-17 foi concebido em 1934 pela Boeing, para um concurso do Corpo Aéreo do Exercito dos EUA que visava produzir um bombardeiro moderno com vários motores. O protótipo Modelo 299 estreou em 28 de julho de 1935 e recebendo o nome de “Flying Fortress” – Fortaleza Voadora.

Em outubro de 1935 o protótipo concorreu com outro, o Douglas DB-1. Mas o Corpo Aéreo viu nele um veículo promissor, e em janeiro de 1936 encomendou o 13 unidades do M-299, que designou Y1B-17 ou B-17 como passou a ser chamado, tendo os motores Pratt & Whitney Hornet sidos substituídos por motores Wright Cyclone.

Em 1938, foram introduzidos turbo compressores nos motores de um B-17A para testes, que o elevaram a uma altitude de 9.144 metros. O B-17B foi o primeiro modelo de produção, mas quando a II Guerra Mundial começou, e apenas 30 deles estavam operacional.

Em 1940, foram construídos outros 38 Modelo B-17C com proteção melhorada e apenas 42 B-17D foram lançados antes da produção em massa dos já redesenhados B-17E, B-17F e B-17G.

Da produção de um total de 12.725 Modelo B-17 foram produzidos, sendo 512 da Classe E, 3.400 da Classe F e o 8.680 da Classe G.

Para cumprir a sua promessa como bombardeiro estratégico de precisão, o B-17 recebeu a mira Norden, um dispositivo estabilizado por um giroscópio que calculava o ângulo de lançamento da bomba e o desvio do avião, para permitira bombardeamentos precisos a altitudes elevadas.

O B-17 ganhou reputação de ser capaz de causar elevados níveis de danos e de poder ser operado por membros da tripulação relativamente inexperientes, sempre que necessário.

Evolução

O B-17 passou por várias modificações e alterações de design consoante as exigências das missões. O seu alcance poderia ser expandido com compartimentos para bombas, tanques de combustíveis e bombas extras em suportes exteriores especiais. As armas de defesas do B-17 foram revistas e alteradas em vários modelos, com a introdução de torres de tiro motorizadas e mais espaço para armas. Dado o peso das munições, cada artilheiro dispunha de cerca de 500 disparos, o que lhes dava um minuto de fogo constante. Apesar de ser uma “fortaleza voadora”, precisava de caças mais velozes que os escoltassem e protegessem durante os ataques diurnos.

 Como foi utilizado

O B-17 foi originalmente concebido como uma arma de defesa costeira ou bombardeiro estratégico de defesa diurno. Quando a RAF recebeu 20 unidades do B-17C em 1941, ficou desiludida com a sua incapacidade de bombardear com precisão acima de 6.096 metros – os modelos C ainda sem não possuíam a mira Nordem – e a falta de proteção blindada. O Esquadrão 90 da RAF os utilizou no Médio Oriente e em missões de reconhecimento.

A grande maioria dos B-17 foi utilizada pela Oitava Força Área dos EUA para combater na Europa. Alguns B-17 foram para o Extremo Oriente e Pacífico Sul, onde estiveram envolvidos em ataques a escoltas japonesas, concentrações de tropas em Java e nas Filipinas. No Mediterrâneo e no Norte da África, os B-17 atacaram alvos navais e realizaram missões de reconhecimento noturno. A Força Aérea Israelense usou alguns na Guerra da Independência de 1948 e o exercito Americano testou neles novos equipamentos, aviões não pilotados e em estudos metrológicos.

 Táticas

O 8ª. Força Aérea dos EUA começou a utilizar o B-17E em ataques diurnos na Alemanha Nazista. A visibilidade extra possibilitada pela luz diurna permitia bombardeamentos e, em longo prazo, prometia ter maior sucesso que os ataques noturnos.

O primeiro ataque na Alemanha ocorreu a 27 de janeiro de 1943. Descobriu-se que os B-17 podiam se proteger a si próprios do fogo cruzado dos caças inimigos voando em formação em “V”, mas eram bastante vulneráveis a ataques frontais.

Um ano mais tarde, o B-17G recebeu metralhadoras frontais capazes de lidar com ataques diretos. Em vez de voarem em “V” em grupo de 18 aviões, voavam numa formação de três “V”, uns por cima dos outro, com 12 aviões cada grupo. Embora esta formação oferecesse maior proteção dos ataques inimigos, as colisões entre bombardeiros, que voavam juntos entre si, tornaram-se mais freqüentes.

 Os números

Tripulação: 10x Envergadura: 31,6 m

Altura: 5,8 m

Motor: 4 x Wright Cyclone

Velocidade máxima: 462 km/h

Altitude máxima: 10.850 m

Armamento: 13 metralhadoras Brwning M2

Carga de bombas: 2.724 kg

Quantidade produzida: B-17 12.725 no total, sendo 512 da classe E, 3.400 da classe F e o 8.680 da classe G.

Fonte: https://www.sapo.pt/

Publicação: Quero saber especial incrível história.

 

Post (406) – Dezembro de 2020