O uso de aviões para a guerra iniciou-se no início do
século 20, tendo se popularizado na Primeira Guerra Mundial. Porém, a
humanidade só veria o céu como um dos principais palcos de batalhas durante o
início da Segunda Guerra, na década de 30.
Na iminência da grande batalha e do uso massivo das
aeronaves, é natural que as nações resolvessem conduzir alguns experimentos
aeronáuticos. Eles permitiram entre outras coisas o desenvolvimento de novos
materiais na construção das aeronaves. No entanto, em alguns casos as coisas
não deram tão certas assim.
Em 1943, próximo do fim da guerra, a Douglas decidiu,
focar-se no desenvolvimento de novos tipos de bombardeiros, mais rápidos, leves
e ágeis, divergindo da premissa das pesadas "fortalezas voadoras".
Nasceu então o projeto Douglas XB-42 destinado a criar
um bombardeiro bimotor. O objetivo da Douglas era a velocidade, a nova aeronave
fez isso muito bem, ela era capaz de atingir 660 km/h, com uma autonomia de 3.200
km, mesmo carregando mais de 3 toneladas de bombas – o dobro do que levavam os
B-17. Esta aeronave foi prevista para ser um avião de ataque, mas a USAAF mudou
a sua designação de XA-42 para XB-42 com a visão de que esta aeronave seria um
substituto potencial para o Boeing B-29.
O bombardeiro XB-42 era o único com dois motores
Allison V-1710 de 12 cilindros, refrigerado a água (inicialmente V-1710-103E)
instalados no interior da fuselagem, logo atrás do cockpit, cada um
impulsionado um conjunto de hélices montadas na parte posterior da cauda(*), no
mesmo eixo e girando a contra-rotação.

Com os seus de três tripulantes, o primeiro protótipo
voou maio de 1944, e provou ter um desempenho excepcional.
Seu desenvolvimento
continuou até dezembro de 1945, quando ficou decidido que o B-42 não seria
produzido, chegou tarde, apesar de ser excelente, a guerra já havia terminado
quando o projeto estava finalizado e pronto para ser produzido em grande
escala.
O projeto teve uma sobrevida com protótipo modificado
para ter turbo jatos sob as asas, sendo denominado XB-42A. Sendo finalmente
cancelado em 1948, tendo o único exemplar restante sido entregue à Air and
Space Museum Nacional em 1949.
Uma versão redesenhada com os motores a jato colocados dentro da fuselagem, designada XB-43, que também não passou do protótipo.
Uma versão redesenhada com os motores a jato colocados dentro da fuselagem, designada XB-43, que também não passou do protótipo.
(*) Sistema de propulsão do XB-42: Controle
independente de hélices coaxiais - Como eles fizeram isso? – Leia mais em:
Post (184) - Fevereiro de 2016