O
SR-72 é proposta da Lockheed Martin para seguir o sucesso do SR-71 Blackbird, nascido
durante o período conhecido como o da Guerra Fria, detém o recorde de ser o
avião mais rápido que o mundo conheceu, foi
aposentado em 1998, deixando o que é considerada uma lacuna de cobertura entre
os satélites de vigilância e aviões tripulados em missões de ataque.
O
SR-72, conceitualmente seria uma aeronave de velocidade extremamente alta, não
tripulada, que poderia penetrar no espaço aéreo protegido e observar ou atacar
um alvo antes de poder ser detectada ou interceptada.
Desde
2007 já se ouvia relatos não confirmados sobre o SR-72, quando várias fontes
revelaram que a Lockheed Martin estaria desenvolvendo para a Força Aérea dos
Estados Unidos uma aeronave que poderia voar a Mach 6 (7.350 km / h, seis vezes a
velocidade do som), também conhecida como "Projeto Aurora".
Para
esta aeronave alcançar tal velocidade, a Lockheed, no período compreendido
entre 2006 e 2008, teria contado com a colaboração da Aerojet Rocketdyne na
elaboração de um sistema propulsor denominado “Scramjet –powered HTV-3X”,
que levaria o SR-72 a ser duas vezes mais rápido que o 71.
O
grande obstáculo para o voo hipersônico é que é muito difícil para uma aeronave
que voa em velocidade extremamente alta ser capaz de decolar e pousar em
pistas convencionais. Configurações do tipo parasita, onde o veículo
hipersônico é levantado à altitude por uma nave-mãe maior e, em seguida,
lançado em sua missão - é uma resposta - mas esses conceitos têm grandes limitações de projeto e eles são extremamente complexos e caros.
Para
superar este desafio, ter-se-ia que projetar um motor para abranger os regimes
de voo em velocidades subsônicas, supersônicas e hipersônicas. O SR-72
utilizaria de um sistema de ciclo combinado, um motor de turbina para baixas
velocidades e um motor de combustão supersônica para as velocidades
elevadas.
Outro
problema a ser enfrentado é que ao voar nestas velocidades o atrito
aerodinâmico aquece o suficiente para derreter as fuselagens metálicas
convencionais, de modo que os engenheiros estariam estudando compostos de
carbono de alto desempenho, cerâmica e misturas de metais, tais como os tipos
utilizados para os narizes de mísseis balísticos intercontinentais e naves
espaciais.
Embora
o SR-72 estaria sido concebido como um ISR, porem não foram especificadas as cargas
que levaria, bem como a sua manobrabilidade a velocidade de Mach 6 a 24.000 m
de altitude o que exigiriam centenas de metros para manobras. Quanto ao
armamento novos sensores provavelmente terão que ser criados especificamente
para operar em tais velocidades.
A construção
de um protótipo opcionalmente pilotado está prevista para começar em 2018,
teria cerca de 18 m de comprimento, aproximadamente do tamanho de um Lockheed
Martin F-22 Raptor. Voos de demonstração estariam previstos a partir de
2023. O SR-72 em tamanho natural é para ser semelhante em tamanho ao SR-71 com 30
m de comprimento, o mesmo alcance e entraria em serviço em 2030.
Em
13 de Novembro de 2013, o Chefe do Estado Maior da Força Aérea, General Mark
Welsh revelou que o serviço estava interessado nas capacidades hipersônicas
do SR-72, mas não tinha falado ainda com a Lockheed sobre este assunto.
A sua elevada velocidade é um atrativo para reduzir o tempo de uma operação.
Ainda
segundo Welsh, eles estão buscando a tecnologia hipersônica, mas ainda não têm
a capacidade e o material para a construção de um SR-72, não tripulado em
tamanho natural.
Em
dezembro 2014 a NASA concedeu a Lockheed Martin um contrato para estudar
a viabilidade de construção de sistema de propulsão do SR-72 usando tecnologias
de motores de turbinas existentes.
O
contrato de USD 892.292 financiaria um estudo de design para determinar a
viabilidade de um sistema de propulsão TBCC através da combinação de um dos
vários motores de turbinas atuais, com uma velocidade subsônica, e ignição dupla Modo
Ramjet (DMRJ).
Acredita-se
que em meados da década de 2020, outros países, que estão na corrida, irão
produzir e exportar tecnologias aéreas avançadas que poderiam acabar em conflito
tecnológico com os Estados Unidos, isso preocupa a Força Aérea.
RQ-180 Northrop Grumman |
O
SR-72 pode enfrentar desafios significativos para ser aceito pela Força Aérea,
como eles estão optando por desenvolver o RQ-180 Northrop Grumman, destinado a
executar a tarefa furtiva de missões ISR em espaço aéreo hostil. Em
comparação com o SR-72, o RQ-180 é menos complexo na concepção e fabricação,
menos propenso a problemas com a aquisição, e pode entrar logo em serviço.
A
última notícia que se tem é de março de 2016:
O Lockheed CEO Hewson afirmou
que a empresa estava à beira de um avanço tecnológico que permitiria o seu avião
hipersônico SR-72 conceitual chegar a seis vezes a velocidade do som, ou Mach
6. Um avião demonstrador hipersônico do tamanho de um caça stealth F-22 poderia
ser construída por menos de US $ 1 bilhão" - bem baratinho, não?.
Leia
mais sobre o assunto em:
Post (198) - Abril de 2016