20190116

Asas "Transonic" da Boeing



As novas asas "Transonic" que a Boeing esta desenvolvendo levarão aviões de passageiros para quase a velocidade do som em grandes altitudes.
Aviões supersônicos estão quase prontos para um retorno. Mas enquanto esperamos a chegada de uma nova geração de jatos comerciais que quebram a barreira do som, a Boeing está trabalhando em outra frente para acelerar as viagens aéreas, tornando os seus aviões mais leves e com maior eficiência energética. 

A Boeing está construindo uma asa transônica ultraleve, que permitirá que aviões maiores sejam mais eficientes. O objetivo final é tornar os vôos de longa distância mais parecidos com vôos de médio curso.

De acordo com testes de laboratório recentes realizados pela Boeing, o projeto conceitual permitiria que as aeronaves atingissem velocidades próximas de Mach 0,8. Porem isso empalidece em comparação com o antigo jato Concorde que atingiu uma velocidade máxima de Mach 2,04 antes de sua aposentadoria em 2003.

As velocidades transônicas da Boeing seriam compatíveis com o que os aviões de hoje alcançam, normalmente na faixa de 400 a 600 mph, por motivos físicos. As novas asas também serão menos barulhentas, o que soa como um bônus adicional para quem se preocupa com motores barulhentos típicos dos jatos comerciais.

Ainda na fase conceitual, as asas, extremamente finas, têm uma extensão de 51,81 m de ponta a ponta, apoiadas por um tirante tipo mão francesa e uma varredura de asa modificada para tornar as aeronaves mais aerodinâmicas.
O conceito é baseado no estudo Transonic Truss-Braced Wing (TTBW) e foi projetado para oferecer uma eficiência aerodinâmica sem precedentes ao voar a Mach 0,8 e são o produto de uma parceria com o  projetoSubsonic Ultra Green Aircraft Research da NASA, baseado em tecnologias de aviação subsônica.
 
O projeto se aproveita da maior eficiência das asas alongadas, similar ao princípio utilizado nos planadores, mostra um grande potencial para reduzir drasticamente o arrasto e melhorar a eficiência de combustível.
A expectativa da indústria é que a próxima geração de aviões quebre com os atuais paradigmas de engenharia, e rompam com conceito estabelecido há 70 anos.

A redução de consumo, novas matrizes energéticas e motores mais eficientes devem ser os pilares que deverão definir o layout básico das aeronaves de próxima geração.


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 Post (359) – Janeiro de 2019