A história da aviação esta repleta de relatos bastante interessantes e inacreditáveis nos dias de hoje, veja esta reportagem publicada na Popular Science Magazine de agosto de 1925 por John E. Lodge.
No ceu acima do Mar Báltico, recentemente um hidroavião apareceu e derepente ele mergulhou, endireitou a poucos metros da água e logo estava roçando a ondas. Observadores viram a manobra com interesse que se transformou em espanto quando viram dois mastros com suas velas se erguendo e espalhando sua lona branca sobre o casco do avião agora flutuante. O som do motor potente foi reduzido pela metade e evidentemente, algo estava ocorrendo.
Então isso também foi silenciado, e o avião deslizou rapidamente pela água, com uma brisa forte atrás das velas, suavemente como qualquer veleiro, embora com menos graça, devido à aparência apresentada pelos dois grandes motores destacando-se acima do casco e as suas asas abertas com sua inclinação para cima.
Este novo tipo, surpreendente de veleiro voador totalmente metálico retratado aqui e na capa desta edição de Popular Science foi concluído e esta sendo testado há algumas semanas pela Rohrbach Metal Airplane Company de Copenhagen, Dinamarca.
É construído em duralumínio e baseado nos princípios usados na construção de pontes e navios de transporte, isto é, de vigas e placas rebitadas. Essa estrutura permite uma envergadura maior e o uso de motores mais potentes.
Mas a verdadeira característica do hidroavião de Rohrbach é a capacidade de possuir velas. Suas velas são desdobráveis e podem ser infladas com o vento ou dobradas à vontade. Elas servem como auxiliares para os motores do avião, fornecendo um elemento adicional de segurança em longos cruzeiros. Se um motor falhar, o outro ainda manterá o avião em movimento, mas se os dois motores falharem, as velas carregariam o barco até que os motores fossem consertados ou até que chegasse ajuda. Mais uma vez, no caso uma tempestade afastar o avião de seu curso designado e o suprimento de combustível diminuir, as velas podem ser utilizadas para e o deslocamento e conservação do combustível.
Essas ilustrações dão uma ideia geral do projeto do avião de Rohrbach. É do tipo monoplano, com asas cantilever colocadas em um ângulo excepcionalmente agudo, o que é feito para ajudar materialmente o controle da máquina. As asas são tão fortes que a tripulação pode caminhar com segurança ao longo delas, um recurso que tem um valor considerável na atracação. Existem dois flutuadores auxiliares situados sob as asas, bem como um carrinho de praia.
O casco em si é dividido em compartimentos estanques por anteparas e é projetado de forma que a máquina flutue com quaisquer dos dois compartimentos inundados. Os dois grandes motores de 12 cilindros são montados acima do casco em suportes de metal ocos que afastam os motores e as hélices da estrutura da aeronave. Eles desenvolvem uma velocidade de 1.800 rotações por minuto, fornecendo aproximadamente 720 HP de potência.
Este mais novo hidroavião marca um novo ponto de partida para os aeronáuticos.
