O Muniz
M-7 foi a primeira aeronave produzida em série no Brasil. Foi um
avião biplano para dois tripulantes, destinado ao treinamento primário de
pilotos. Projetada pelo Major do Exercito Brasileiro António Guedes
Muniz, seu primeiro vôo ocorreu em outubro de 1935.
O exemplar em exposição, fabricado em 1938,
voou em aeroclubes com a matrícula “PP-TEN”, de 1941 à 1967.
Por
iniciativa do industrial Henrique Lage, o protótipo foi construído no
Parque Central de Aeronáutica que funcionava no Campo dos Afonsos e os
aparelhos seguintes na Fábrica Brasileira de Aviões, na Ilha do Viana no Rio de
Janeiro, atingindo o total de 28 unidades entre 1937 e 1941. A Escola de
Aviação Militar utilizou 11 aeronaves, sendo as demais destinadas a aeroclubes.
Setembro
de 1936.
Linha de produção do M7 na ilha do Viana.
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Foi
em 1934 que Guedes Muniz decidiu projetar uma aeronave de dois lugares para
treinamento, seria um monomotor com estrutura de madeira. O modelo do aparelho
foi ensaiado em túnel aerodinâmico, em Paris, e o protótipo foi construído no
Campo dos Afonsos.
A aeronave foi concebida para atender as necessidades do
país de aviões de treinamento primário e, dessa forma, o desempenho aerodinâmico
foi sacrificado em detrimento da robustez estrutural, em particular no pouso.
Dezenove
de setembro de 1936.
O primeiro avião Muniz M7 de série
em funcionamento e andando
pelos pátios da recém criada
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Denominada
Muniz M-7, a aeronave contava com um motor inglês Gipsy Major, de 130 HP, tinha
7,24 metros de comprimento e 9 metros de envergadura, voava a uma velocidade de
cruzeiro de 150 km/h e atingia uma velocidade máxima de 190 km/h, com um
alcance de 450 km e teto de 4.000 metros; seu peso completo era de 860 kg.
Durante
a construção, Guedes Muniz pode testar várias de suas idéias sobre a produção
seriada de aviões no Brasil.
Janeiro
de 1940. Na Ilha do Engenho,
a entrega da primeira série de aviões Muniz M7.
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A Usina Santa Luzia construiu as bequilhas e as
rodas fundidas de liga de metal leve para o trem de aterrissagem, a Companhia
Nacional de Navegação Aérea construiu os lemes de aço soldado, a tela de
algodão para o recobrimento da asa também foi encomendada à indústria têxtil
nacional. Muitos outros itens, utilizados nos protótipos e mesmo nos modelos
produzidos em série, foram fabricados pela indústria nacional.
Post (237) - Julho de 2016