20161206

Royal Aircraft Factory B.E.2

O Royal Aircraft Factory B.E.2 (Blériot Experimental) foi um biplano monomotor de dois assentos Britânico a serviço do Corpo Aéreo Real (RFC) durante a Primeira Guerra Mundial.

Em 26 de agosto de 1914, um B.E.2a do Esquadrão nº2 do RFC foi à primeira aeronave da RFC a chegar à França depois do início da Primeira Guerra Mundial.


O B.E.2 foi projetado por Geoffrey de derivado do B.E.1, com um motor V8 Renault com 60 HP refrigerado a ar, substituindo um motor Wolseley refrigerado a água da aeronave anterior.

Em 1º de fevereiro de 1912 voou pela primeira vez com o próprio de Havilland como piloto de teste.
Em 12 de agosto de 1912 estabeleceu o recorde Britânico de altitude ao alcançar a marca de 3.219 metros.
Sua produção foi iniciada para ser uma aeronave de reconhecimento, dois anos depois se tornou parte do equipamento de três esquadrões que foram enviados para a França logo após o início da guerra.

Em 1915 as primeiras aeronaves B.E.2a e b foram substituídas pelos B.E.2c, tão extensivamente modificados que se tornaram virtualmente um novo tipo de aeronave.

 Em 1916 baseado na pesquisa feita por Edward Teshmaker Busk para desenvolver um avião inerentemente estável chegou na sua versão final, o B.E.2e apelidada de "Quirk".

Em 1917 o último B.E.2e foi retirado da linha de frente, muito tempo depois do modelo ter sido considerado obsoleto, porem continuou em serviço durante a guerra como um caça de defesa nacional, por falta de uma substituição adequada e como aeronave de treinamento. 

Cerca de 3.500 B.E.2s foram construídos por mais de 20 diferentes fabricantes: sendo o B.E.2c, quase que certamente o mais numeroso. A maioria das aeronaves foram construída sob contrato por empresas privadas, incluindo fabricantes bem conhecidos, bem como empresas que não tinham construído anteriormente aeronaves.

O B.E.2 sempre foi objeto de muita controvérsia. Embora tenha provado ser fundamentalmente inadequado para o combate ar-ar, teve uma taxa de acidentes relativamente baixa, e sua notória estabilidade realmente provou ser útil em observação de artilharia e fotografia aérea.

https://issuu.com/norbertogeraldi/docs/raf_be2__2a___2b

Em certo sentido, o B.E.2 inspirou a primeira geração de caças, exibindo todas as qualidades que ninguém queria em um avião de caça, incluindo a má visibilidade, confiabilidade pobre, dificuldade de controle, velocidade lenta, fraco armamento e pouca confiabilidade, combinado com a decisão britânica de mantê-lo em serviço mesmo já obsoleto.

Fokker Eindecker
Quando o “Fokker Eindecker”, monoplano alemão, surgiu, técnicos realizaram modificações no B.E.2 a fim de tentar fazer frente a este.

O B.E.9 e o B.E.12 foram variantes desenhadas para dar ao B.E.2 um armamento efetivo de fogo ofensivo - o B.E.12 (um monoposto) entrou em produção e em serviço em alguns esquadrões, mas não foi um grande sucesso, o avião ainda era perigoso de voar. Refinamentos muitas vezes prejudicam mais do que ajudam, mesmo assim prestou bons serviços em diversos países alem do Reino Unido, tais como: Austrália, África do Sul, Bélgica, Estônia, Grécia, Holanda, e Noruega.


Aeronaves e réplicas são preservadas em muitos museus, incluindo O Museu Imperial de Guerra em Duxford; o Museu da RAF em Hendon; o Museu de Aviação do Canadá em Ottawa; o Museu do Ar e Espaço em Paris; o Museu de Aviação Militar em Soesterberg na Holanda; e a Coleção de Aeronaves das Forças Armadas Norueguesas no Aeroporto de Oslo, em Gardermoen na Noruega.

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Post (265) - Dezembro de 2016