O
Royal Aircraft Factory B.E.2 (Blériot Experimental) foi um biplano
monomotor de dois assentos Britânico a serviço do Corpo Aéreo Real (RFC)
durante a Primeira Guerra Mundial.
Em
26 de agosto de 1914, um B.E.2a do Esquadrão nº2 do RFC foi à primeira aeronave
da RFC a chegar à França depois do início da Primeira Guerra Mundial.
O
B.E.2 foi projetado por Geoffrey de derivado do B.E.1, com um motor V8 Renault
com 60 HP refrigerado a ar, substituindo um motor Wolseley refrigerado a água
da aeronave anterior.
Em
1º de fevereiro de 1912 voou pela primeira vez com o próprio de Havilland como
piloto de teste.
Em
12 de agosto de 1912 estabeleceu o recorde Britânico de altitude ao alcançar a
marca de 3.219 metros.
Sua
produção foi iniciada para ser uma aeronave de reconhecimento, dois anos depois
se tornou parte do equipamento de três esquadrões que foram enviados para a
França logo após o início da guerra.
Em
1915 as primeiras aeronaves B.E.2a e b foram substituídas pelos B.E.2c, tão
extensivamente modificados que se tornaram virtualmente um novo tipo de
aeronave.
Em
1916 baseado na pesquisa feita por Edward Teshmaker Busk para desenvolver um
avião inerentemente estável chegou na sua versão final, o B.E.2e apelidada de
"Quirk".
Em
1917 o último B.E.2e foi retirado da linha de frente, muito tempo depois do
modelo ter sido considerado obsoleto, porem continuou em serviço durante a
guerra como um caça de defesa nacional, por falta de uma substituição adequada
e como aeronave de treinamento.
Cerca
de 3.500 B.E.2s foram construídos por mais de 20 diferentes fabricantes: sendo o
B.E.2c, quase que certamente o mais numeroso. A maioria das aeronaves foram
construída sob contrato por empresas privadas, incluindo fabricantes bem
conhecidos, bem como empresas que não tinham construído anteriormente
aeronaves.
O
B.E.2 sempre foi objeto de muita controvérsia. Embora tenha provado ser
fundamentalmente inadequado para o combate ar-ar, teve uma taxa de acidentes
relativamente baixa, e sua notória estabilidade realmente provou ser útil em
observação de artilharia e fotografia aérea.
https://issuu.com/norbertogeraldi/docs/raf_be2__2a___2b
Em
certo sentido, o B.E.2 inspirou a primeira geração de caças, exibindo todas as
qualidades que ninguém queria em um avião de caça, incluindo a má visibilidade,
confiabilidade pobre, dificuldade de controle, velocidade lenta, fraco
armamento e pouca confiabilidade, combinado com a decisão britânica de mantê-lo
em serviço mesmo já obsoleto.
Fokker Eindecker |
Quando
o “Fokker Eindecker”, monoplano alemão, surgiu, técnicos realizaram modificações no B.E.2 a fim de
tentar fazer frente a este.
O
B.E.9 e o B.E.12 foram variantes desenhadas para dar ao B.E.2 um armamento
efetivo de fogo ofensivo - o B.E.12 (um monoposto) entrou em produção e em
serviço em alguns esquadrões, mas não foi um grande sucesso, o avião ainda era
perigoso de voar. Refinamentos muitas vezes prejudicam mais do que ajudam, mesmo
assim prestou bons serviços em diversos países alem do Reino Unido, tais
como: Austrália, África do Sul, Bélgica, Estônia, Grécia, Holanda, e Noruega.
Aeronaves
e réplicas são preservadas em muitos museus, incluindo O Museu Imperial de
Guerra em Duxford; o Museu da RAF em Hendon; o Museu de Aviação do Canadá
em Ottawa; o Museu do Ar e Espaço em Paris; o Museu de Aviação Militar em Soesterberg
na Holanda; e a Coleção de Aeronaves das Forças Armadas Norueguesas no
Aeroporto de Oslo, em Gardermoen na Noruega.
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