O
Dornier Do X tornou-se o maior, o mais pesado e o mais poderoso barco voador
(hidroavião) do mundo quando foi produzido pela empresa Dornier em 1929. A
aeronave foi concebida pelo alemão Claudius Dornier, que já havia projetado o
bem-sucedido Dornier J Wall, levou sete anos para ser projetada e mais dois
anos para ser construída.
A
primeira aeronave de um total de três fabricadas foi concluída em meados de
1929 e realizou o seu primeiro voo com sucesso em 12 de julho do mesmo ano. A
sua fabricação foi financiada pelo governo alemão e fabricada no lago de
Constança na Suiça.
Embora popular com o público, a falta de interesse comercial, o grande consumo de combustível, algumas deficiências no projeto e uma série de acidentes não fatais, levaram à descontinuidade da produção.
Embora popular com o público, a falta de interesse comercial, o grande consumo de combustível, algumas deficiências no projeto e uma série de acidentes não fatais, levaram à descontinuidade da produção.
Das três unidades produzidas, duas (X2 e X3) foram vendidas para a Itália onde
foram batizadas como "Umberto Maddalena" e "Alessandro Guidoni,
destinadas para uso militar. Os Do-X italianos eram idênticos ao Do-X original, com exceção dos motores,
substituídos por motores V-12 FiatA-22R.
Tinham
41 metros de comprimento, 48 metros de envergadura e 10 metros de
altura. Possuíam doze motores radiais Bristol Jupiter, fabricados sob
licença pela Siemens, com 524 HP cada um, montados em tandem em seis
naceles duplas, seis hélices tratoras e seis hélices impulsoras.
A
fuselagem era em duraluminio e as asas com uma superfície de 450 metros
quadrados possuíam estrutura em alumínio e aço, revestidas com tela pintada em
cor alumínio. O peso máximo de descolagem era de 56 toneladas, e a velocidade
de cruzeiro de 175 km/h.
Capacidade para 66 passageiros com todo o conforto, em voos transoceânicos, ou até 100, em distâncias mais curtas.
Capacidade para 66 passageiros com todo o conforto, em voos transoceânicos, ou até 100, em distâncias mais curtas.
Os primeiros voos demonstraram que os motores Jupiter, refrigerados a ar,
tendiam a superaquecer e não conseguiam erguer a aeronave além de 1.400 pés em
velocidade de cruzeiro, altitude insuficiente para realizar voos através do
Oceano Atlântico. A partir de 1930 , a
Dornier substituiu-os por 12 motores americanos "Curtiss
Conqueror", de 12 cilindros em "V" e refrigerados a água,
eliminando assim os problemas de superaquecimento. Com 610 HP cada um, esses
motores podiam fazer o avião alçar-se a 1650 pés, suficiente para cruzar o
Atlântico com segurança.
Pousou na baía da Guanabara em 1931 e atraiu milhares de curiosos.
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Quando finalmente foi desativado o Do X que restou passou
a fazer parte do Deutsche Luftfahrt-Sammlung (museu da aviação) em Lehrter
Bahnhof. Infelizmente, em novembro de 1943, o museu foi destruído por um pesado
bombardeio da RAF e quase nada restou do DO-X.
"Embora
nunca tenha sido um sucesso comercial, o Dornier DO- X foi um pioneiro do seu
tempo, que demonstrou o potencial de um serviço de transporte aéreo
internacional de passageiros."
Não deixe de ler estes links, com a história do grande “Raid”, que incluía o Brasil em sua rota:
http://webkits.hoop.la/topic/dornier-x-em-natal-1931?reply=491213757245631700#491213757245631700
http://culturaaeronautica.blogspot.com.br/2009/11/dornier-do-x-o-gigante-dos-anos-30.html