20160615

Savoia-Marchetti S.55

O S-55,  foi um hidroavião  projetado pelo engenheiro  italiano Alessandro Marchetti que começou a ser produzido pela fábrica italiana  Savoia-Marchetti no ano de 1924.  Era um projeto moderno e ousado para a época. Muito versátil, servia tanto para o uso militar, como bombardeiro e reconhecimento aéreo, quanto para o civil, no correio aéreo e socorro marítimo, só foi comercializado a partir de 1926. 


Logo após o seu lançamento, este hidroavião estabeleceu os recordes de velocidade, carga, altitude e autonomia.  Foi a aeronave  escolhida pelo Comandante João Ribeiro Barros  para cruzar o Atlântico Sul, o que ocorreu pela primeira vez em 28 de abril de 1927.

Graças a seu desempenho, este hidroavião ganhou fama em sua época e tornou-se uma verdadeira lenda.

Muitos nomes de grandes aviadores do século XX e suas façanhas estão ligados a sua história:  entre outros os do brasileiro João Ribeiro de Barros, e dos italianos Italo Balbo e Francesco de Pinedo.


Em 15 de janeiro de 1931 chega ao Brasil, liderada por Italo Balbo uma esquadrilha  de onze S.55, quatorze partiram de Orbello, na Itália em 17 de dezembro de 1930, porém três acidentaram-se durante a viagem.  O governo brasileiro adquiriu estas aeronaves, pagando com sacas de café.
Durante a  Segunda Guerra Mundial foram utilizadas ativamente pela Itália e Alemanha, ficando em serviço até o ano de 1945.


O último exemplar existente do Savoia-Marchetti S.55 em todo o mundo encontra-se hoje no Brasil e é também o último hidroavião usado nas travessias transatlânticas remanescente daquele período. Trata-se do Jahu, sendo esta a aeronave que foi utilizada por João Ribeiro de Barros para realizar a histórica primeira travessia aérea transatlântica, entre a África e América do Sul, sem escalas no ano 1927.


Atualmente encontra-se restaurada e em exposição no Museu da TAM  da cidade de São Carlos em São Paulo, Brasil (*).  É de propriedade da Fundação Santos Dumont.



Poste (224) – Junho de 2016