20170210

O DC-9 no Brasil

Douglas DC-9 é uma aeronave bimotor turbojato, fabricada a partir da década de 1960 pela então Douglas Aircraft Co.  posteriormente McDonnell Douglas  destinado ao transporte doméstico de passageiros. Sua característica principal são os dois motores fixados na parte traseira, no cone da cauda. Uma configuração semelhante a dos Caravelles que operam no Brasil na década de 1960.


No Brasil estes modelos não tiveram aceitação, no final de 1982, com o intuito de oferecer ao mercado aéreo brasileiro uma opção de jato para rotas de curtas e médias distancias, para concorrer diretamente com os Boeing 727 e os 737 em operação, a Mcdonnel Douglas, um dos grandes fabricantes de aviões comerciais, ofereceu para a Companhia Aérea Cruzeiro do Sul, já então uma subsidiaria do Grupo Varig, um jato DC-9-82 (mais tarde designado como MD-82) para ser utilizado em um período experimental de três meses nas rotas da empresa.

Este jato matriculado PP-CJM operou de dezembro de 1982 até março de 1983, com uma configuração para 155 assentos e provou ser um excelente projeto, com requintes de conforto superior aos jatos da mesma classe da Boeing, além de ter um alcance ligeiramente maior. Seu único defeito era a pequena capacidade de carga em seus porões, o que impedia o transporte de grandes volumes.

Entretanto, apesar de considerado muito bom no aspecto operacional, o jato acabou não sendo adquirido devido ao alto custo da sua aquisição e operacional, que envolvia também treinamento de tripulação, ferramental e peças de reposição necessárias, o que dificultava a introdução de um modelo de avião diferente dos já operados pela Varig / Cruzeiro. 

Dessa forma, o DC-9 acabou sendo devolvido e opera até hoje nas cores da empresa Aeromexico. As pretensões da Douglas de entrar no mercado do Brasil, foram frustradas, já que o fabricante não conseguiu colocar este seu jato em operação regular em nenhuma outra operadora brasileira.

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 Post (280) - Fevereiro de 2017